domingo, 29 de novembro de 2015

EU NÃO SOU VICIADO


EU NÃO SOU VICIADO, EU PARO A HORA QUE QUISER!




Você já ouviu alguém falando esta frase? Eu não sou viciado!

O que é ser viciado? No dicionário está explicado assim: Pessoa que se adequa, muito profundamente, a um estilo de vida, muitas vezes prejudicial ou incomum, ou ainda, que é dependente de alguma coisa ou substância ou alguém. Aquele que tem vício, corrupto, impuro, falsificado.  Defeito grave que torna uma pessoa ou coisa inadequada para certos fins ou funções, inclinação para o mal, desregramento habitual.

Triste o panorama mental daquele que por se ater a uma forma de pensar e agir, e acaba por comprometer a sua própria identidade, afinal quando rejeitamos a ideia que podemos ser submetidos a ações repetitivas, sem questionamentos ou reflexões, estamos no caminho do vício.
Estar viciado é uma situação transitória para as mentes criticas, pois estes, por mais que sejam tentados a ações que corrompem a sua integridade e liberdade, por prazeres momentâneos, acabam por questionar o resultado de seus atos. Os vícios nos levam a um estado de caos funcional, tanto no aspecto físico, como emocional e mental. Seja ele, o vício assentado em ações materiais, como a ingestão de alcoólicos, como o pensamento preso a ideias obsessivas.
Quando perdemos a liberdade de movimentação, também perdemos a clareza de raciocínio e a capacidade de elaborar projetos novos, pois sempre será um obstáculo a realização de atos ou manipulação de sentimentos, que irão nos roubar momentos de prazeres corrompidos, falsos e impuros.
O raciocínio corrompido acaba por distorcer a visão de mundo, que engessa nosso querer e a capacidade de criar e transformar.
A manifestação dos vícios materiais são apenas reflexos sutis de nossos vícios morais. Quem erradicou de sua mente vícios morais, não os manifesta através de ações e reações comprometidas com as imperfeições que ainda fazem parte de nossa formação pessoal.

Pensar sobre o nosso comportamento, a maneira como nos manifestamos no mundo, interior, muito pessoal em nível de pensamento, exterior através do convívio com nossos semelhantes, é buscar formas mais saudáveis de viver. Quando nos propomos a modificar nossa relação com o mundo, estamos também economizando momentos de sofrimento, afinal passamos a entender a responsabilidade que temos diante de toda forma de vivência, que alias, são resultados de nossas ações.

Na definição de viciado me chamou a atenção o seguinte: pessoa que se adequa, muito profundamente, a um estilo de vida, muitas vezes prejudicial ou incomum; isso fica bem claro, nada do que vivemos está fora de nosso panorama mental, precisa haver afinidade, desejo, prazer, caso contrário haveria rejeição natural ao fato ou à ação.

Se há o vício em substâncias químicas, como os alcóolicos e as drogas, é porque esse ato o atrai, não há culpados ou mesmo indivíduos que incentivaram a desenvolver o vício, apenas você que resolveu que dava conta de controlar algo, do qual não aceitou a gravidade de ação. E o caminho de volta é muito mais árduo e exigirá daquele que permitiu a existência desse vinculo terrível, decisão firme para reconstruir uma vida.

Há também os vícios comportamentais, como o sexo, a maldade, a maledicência, etc. todos vinculados ao nosso eu, intransferível e instrumentos de desequilíbrio e dor.

Na atualidade me preocupa sobremaneira o uso inadequado de uma belíssima ferramenta evolutiva, as redes sociais, os jogos interativos, a convivência impessoal e falsa diante de perfis criados para agradar ao outro, e que acaba por destruir a manifestação do eu verdadeiro.

Estava num restaurante com minha família, uma noite agradável, correndo atrás dos netos, rindo com as brincadeiras, vivendo uma relação que se desenvolve conforme aprendemos uns com os outros. Minha atenção foi desviada por uma risada alta, que começou e terminou diante de um celular, observei as outras pessoas da mesa, provavelmente uma família como a minha, mas cada um entretido no seu aparelho, não olhavam uns para os outros, apenas teclavam, intrigada percebi que riam ao mesmo tempo, ficavam sérios ao mesmo tempo, nem mesmo o garçom servindo o rodízio era percebido por eles. Triste impessoalidade, uma dessas pessoas, não tinha mais do que nove anos.

Esse desvio é tratado como transtorno do comportamento, há algumas clinicas que se adequaram para dar assistência a essas pessoas. 

"Em entrevista à Folha de São Paulo, o psicólogo do ambulatório de transtornos do impulso do Instituto de Psiquiatria do HC, Cristiano Nabuco, que atende viciados no Hospital das Clínicas de São Paulo, conta historias chocantes. Entre elas, o caso do homem que passou dois anos jogando, sem sair de casa, e a do adolescente que passava 40 horas ininterruptas no computador. Ele urinava e defecava nas calças. A obsessão invadiu até as paginas policiais, no ano passado, quando uma quadrilha sequestrou o melhor jogador brasileiro do game Gunbound. Como resgate, exigiram os pontos que ele acumulou em três anos de jogatina. No mercado negro, o credito virtual valeria R$ 15 mil."

ainda:

“O psicólogo Cristiano Nabuco explica que um jovem que tem baixa autoestima e dificuldade de se relacionar consegue constituir uma nova imagem e se esconder atrás do computador. “O caso do vício nos mais jovens é mais delicado e a tendência é que a intensidade do acesso nesta faixa etária da população seja mais acentuada”, explica o especialista.”

Atenção a tudo que nos acontece, principalmente, a nível mental, aos nossos sentimentos, como manifestamos nossos hábitos, pois a repetição constante de uma ação, num primeiro momento nos habitua a sua execução, para depois nos roubar a capacidade de raciocinar sobre os efeitos que nos causa, levando a dependência extrema em não raras ocasiões. Pare um momento no seu dia para avaliar as suas sensações e sentimentos, reflita e se necessitar modifique a forma como tem conduzido as suas ações mentais e comportamentais.

Estar viciado é um estado transitório para aquele que reflete e avalia a sua dor e a sua felicidade, pois até mesmo o estado feliz pode estar corrompido, adulterado, falsificado, o excesso de informação inútil que transita pela rede pode sobrecarregar a função mental dos menos avisados provocando doenças psicológicas e mentais, inclusive propiciando o isolamento social, provocando solidão doentia, disseminação de informações criminosas que acabam por ser banalizadas pela familiaridade, um exemplo é o aumento de usuários de sites de pedofilia.

Prestemos atenção em nós mesmos, em nossos pequenos que necessitam da supervisão e atenção de adultos mais equilibrados, façamos da internet um instrumento de verdadeira evolução para o ser, somente dessa forma haverá equilíbrio para todos nós, num planeta de criaturas mais sábias.

“Tenho mais compaixão do homem que se alegra no vício, do que pena de quem sofre a privação de um prazer funesto e a perda de uma felicidade ilusória”
Santo Agostinho

terça-feira, 17 de novembro de 2015

UM DIA FELIZ!



Não precisamos de muito para ser feliz! 

E não precisamos mesmo, vou contar a vocês uma experiência incrível que vivi em 15 de agosto de 2015. E tudo ficou melhor porque estava acompanhada de minha irmã amada Ana Macarini.

 Participei da 2a. Feira do Livro Espírita da Fraternidade Espírita Auta de Souza, em São Paulo, uma casa amorosa, de intensas vibrações de luz, onde fui recepcionada com muito carinho e amabilidade.

Após uma conversa entre amigos, num agradável Café Filosófico, fui convidada para uma sessão de autógrafos. Quando levantei os olhos, nem podia acreditar em tamanha surpresa, encontrei a minha frente nada mais nada menos do que Violette Amary, uma daquelas pessoas admiráveis que passam por sua vida, e deixam uma marca indelével, daquelas que nunca queremos nos livrar. 

Violette Amary é minha inspiração na literatura, uma professora de português, que conheci aos onze anos, e que acompanhou nosso grupo até o terceiro colegial, lembro de cada aula, de cada instrução recebida dessa pessoa impar. Sobretudo lembro do carinho, da amizade, do sorriso, da bondade, da compreensão, da retidão de caráter, mas acima de tudo do amor que demonstrava por cada um de nós.

Estou com sessenta anos, e conto dai, os amigos que deve ter conquistado pela vida afora, se vocês entrarem no facebook do Colégio Alarico Silveira irão entender do que estou falando.

O mundo precisa de mais Violettes, o mundo está carente de modelos de virtude, de respeito por alguém que se fez ser digna dele. Que você querida mestra e amiga seja inspiração a muitos que escolhem a área da educação para trabalhar. Peço a Deus todos os dias que a cubra de luz e paz.

Mas... as surpresas não pararam por ai, de repente olho de novo para cima e quem encontro? Outra criatura admirável, minha querida tia Ida, acredito que não há passagens significativas em minha vida infantil e juvenil que ela não estava presente, com esse mesmo sorriso e olhar encantador, aquele olhar que nos seduz pelo carinho e alegria.

Convivi com tia Ida um bom tempo, sei que passou por momentos difíceis, como todos nós passamos, mas não me lembro de queixas ou lamentações, mas sempre aquele rosto de semblante feliz, tia Ida é muito amada, ela conquistou esse amor, de seu marido, tio Edebar, a quem amo muito e a quem devo muito estar por aqui neste mundão de Deus; é amada pelos filhos, tenho certeza, um amor solto e leve, que construiu uma bela família. 

Junto com tia Ida, veio a Rita Maria, ah! prima de olhar brejeiro, você é linda, amo você; e trouxeram consigo o Matheus, filho da Carolina, o neto mais novo da tia Ida, um encanto, faz parte da família. Ainda tem o Fernando e a Carol, reforçando mãe do Matheus.


E uma nova surpresa aconteceu, logo na entrada, André, trabalhador da FEAS me avisou: Tem ai uma moça loura te esperando, Luciane Furlaneto Rizzo, nos conhecemos através do grupo Fãs de Livros Espíritas e Expansão da Consciência, ela veio me ver, me abraçar, uma amiga de carinho e paz. Uma surpresa feliz, num dia feliz e ... feliz!

Luciane o seu abraço está guardado em meu coração para sempre!



Obrigada a vocês por esse dia de carinho e amor, 
nunca vou esquecer. Amo vocês!




MEDO E CORAGEM
A tal da Coragem





Esse texto tem o perfil de uma pessoa
Que admiro muito,
Que amo muito,
Uma irmã querida,
Que anda dando conta de muitos leões,
Sem deixar carcaças escondidas em armários invisíveis.
Para você minha querida Ana Maria Macarini.
Amo você!



Estava pensando sobre o que é ter medo e arranjar coragem, de qualquer maneira, para superar limites. Por mais que tente definir um e outro, apenas consigo visualizar situações, que de uma forma ou de outra, eu preciso ir em frente, independente de estar ou não preparada para isso.
Isso me leva a refletir sobre o danado e saudável exercício de educar minha inteligência, afinal quando enfrentamos limitações é o que nos leva a procurar soluções diferentes às quais estamos acostumados. Este é o momento de voltar no espaço e no tempo em busca de situações semelhantes e usá-las para comparar com o que ocorre hoje, neste momento de dor, ou apenas de desconforto com a nossa realidade.
Temer é ceder à crença na própria incapacidade de refletir e raciocinar, e isso não é bom, pois apenas nos retém no lugar comum, o que costumamos definir como “zona de conforto”. Se analisarmos a tal “zona de conforto”, chegaremos à conclusão que ela não é tão confortável assim, ela é apenas familiar e manipulável, o que nos possibilita trabalhar a própria insatisfação de uma forma que a nossa rebelião soa como uma traição àquilo que está de “bom tamanho”, ou seja, não está do jeito que eu quero, mas está do jeito que dou conta sem muito trabalho.
A tal da coragem é olhar para o caminhar de nossa vida e descobrir que as pedrinhas que nos fazem tropicar, são lembretes de que precisamos encontrar soluções melhores, não mais aceitar o sofrimento, afinal a cada estocada que damos é mais uma dor a nos cobrar a tal felicidade.
Matar um leão por dia? É mesmo necessário?
Afinal, matamos o leão, mas ficamos com a carcaça a nos lembrar que ainda é um peso em algum lugar de nossa mente, talvez em alguma gavetinha bem escondida, onde trancafiamos nossos mais infelizes sentimentos?
E no acúmulo de gavetas, acabamos construindo armários imensos, que não nos libera espaço e tempo para enxergar a felicidade, a liberdade, a capacidade de realizar nossos milagres; mas, assim que percebemos sua existência, disfarçada de formas até atraentes, nos confina nas mais lúgubres paisagens.
Pessoalmente, vejo que as indecisões, as inseguranças, as dores, os temores, as doenças comportamentais, emocionais e mentais tem somente uma origem a insatisfação com o passo que damos para a direção não sonhada. Isso sem contar que todo esse desequilíbrio acaba por se manifestar em nosso corpo físico, originando doenças que, certamente, limitarão nossa ação nesse admirável mundo, que pode ser sempre renovado ou permanecer na obscuridade da incerteza.
O que podemos fazer para mudar esse rumo? Eu decidi que não deixo mais “se” e “talvez” ser inicio de meus últimos parágrafos, isso gera dúvida e incerteza sobre minha capacidade de esclarecer e por um ponto final. Acabo patinando sempre no mesmo lugar, o que nos causa frustração e desânimo, o que nos arremessa a um mundo mental depressivo e sombrio.
Resolve? Até agora consegui melhorar a convivência que tenho com o meu “eu”.
É a resposta? Não sei, até agora está dando certo, mas tenho certeza que esse estado de aprendizagem não termina aqui, mas abre novas perspectivas a novos questionamentos.
O que importa nesse momento é que estou caminhando, para onde? Não sei, ainda procuro respostas.
E você? Qual é sua dúvida?
Procure respostas, mas faça acontecer, através da verdade interior e não apenas na verbalização infundada e ciumenta da própria vida.
Viva, mas viva de verdade, intensamente, cada momento, seja ele de felicidade ou infelicidade, lembrando que eles existem e ignorá-los ou fazer de conta que está tudo bem é apenas um gesto triste de manter-se na retaguarda de si mesmo.
Vá, devagar, depressa, com passo firme ou trôpego, mas caminhe, o mundo gira e você não precisa ficar mareado, afinal fazemos parte dessa Natureza sábia.
É só acreditar! Em que? É só encontrar sua resposta! Simples assim, quem sabe na criatura, que é você, filha ou filho do Criador Supremo. Alguma dúvida?
Talvez você responda:
- Muitas!
Isso não é ruim, porque estamos aprendendo a encontrar respostas novas, modificando hábitos que reforçamos durante bastante tempo. E acreditem que não é porque descobrimos falhas de conduta que conseguimos fazer diferente, que tudo se modificará num passe de mágica, contudo isso acontecerá num passo firme e constante, aos poucos, nos tornando mais fortes e felizes.
Enquanto houver questionamentos saudáveis estaremos à caminho.
Vamos lá! O futuro nos espera e terá a qualidade que o nosso esforço pessoal realizar.


domingo, 15 de novembro de 2015

7o. FEIRÃO DO LIVRO ESPÍRITA DE ARARAS - 14.11.2015



Um dia de muita alegria e ótimo para acabar com as saudade, na Feira do Livro Espírita de Araras, coordenada pelo amável pessoal da IDE (Instituto de Difusão Espírita).

Foi muito bom estar com vocês, como sempre encontrei muito carinho e gentileza, pessoas que gostam de uma boa conversa, de livros cheirosos e novinhos, da boa literatura espírita e acima de tudo, que buscam amor e paz para nosso mundo.

Agradeço a amabilidade das Claudias, que nos auxiliaram durante todo o dia, um abraço bem apertado e agradecido.

A querida amiga Eliana Machado Coelho um abraço já de saudades.

Ao Ricardo obrigada pela paciência e gentil acolhida de sempre.

UM DIA BOMMMMMMM!

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Contos e Encantos: PRECONCEITO? QUEM TEM?

Contos e Encantos: PRECONCEITO? QUEM TEM?

PRECONCEITO? QUEM TEM?




Uma situação triste acontece quando alguém acredita estar na posição irrefletida de julgar, criticar, culpar e chegar ao extremo de sentir-se no direito de castigar o outro. Não há desculpas para este ato prepotente e desequilibrado, e quando ele está baseado no preconceito, seja lá do que for, mostra apenas a ignorância daquele que transita neste mundo obscuro e caótico, resultado de uma mente que perverte conceitos e valores morais e éticos.
A palavra pre+conceito por si só já define a sua função diante de determinadas situações, ou seja, definir uma ideia como verdadeira sem ter conhecimento para tanto. No dicionário encontramos uma longa e lúcida definição, resumindo:
·       Conceito ou opinião formado antes de ter os conhecimentos adequados.  
·       Opinião ou sentimento desfavorável, concebido antecipadamente ou independente de experiência ou razão. 
·       Superstição que obriga a certos atos ou impede que eles se pratiquem.
·       Sociologia: Atitude emocionalmente condicionada, baseada em crença, opinião ou generalização, determinando simpatia ou antipatia para com indivíduos ou grupos. 
·       Preconceito de classe: atitudes discriminatórias incondicionadas contra pessoas de outra classe social. 
·       preconceito racial: manifestação hostil ou desprezo contra indivíduos ou povos de outras raças. 
·       Preconceito religioso: intolerância manifesta contra indivíduos ou grupos que seguem outras religiões.
Ou seja, nada racional, nada pensado e nem refletido, apenas a manifestação sem lógica de uma ideia que não foi abalizada sobre fatos reais, apenas o entendimento, ou falta dele, sobre um assunto que se recusou a passar pela inteligência em formação daquele que emitiu seu parecer acreditando ser o dono da vontade alheia.
Todo indivíduo que passa por um processo condicionador elimina de sua mente a capacidade de pensar e formar opinião própria. Num triste processo social de condicionamento dentro de ideias emitidas por determinados grupos e reforçados de tempos em tempos por grupos afins, acaba por serem disseminadas inverdades que conflitam com a liberdade de escolha, por exemplo, de grupos denominados na atualidade de minorias.
O termo “minorias” é usado de forma genérica para fazer referência a grupos sociais específicos que são entendidos como integrantes de uma menor parte da população, diferenciados por suas características étnicas, religiosas, cor de pele, país de origem, situação econômica, limitações físicas ou mentais, etc... Se discutirmos este etc., teremos mais uma longa e triste relação de comportamentos descabidos de alguns para com esses desafortunados sociais.
Pensando no assunto, a definição “minoria” já é uma forma de preconceito, pois o direito de cidadão, do ser humano não deve restringi-lo a quantidade de indivíduos que vivem histórias semelhantes, em minha opinião ainda tão desprovida de entendimento, a segregação social só acontece porque existem grupos de pessoas radicalizadas por ideias formadas a partir de seus próprios temores e ignorância.
E esse grupo na realidade é o foco de meu preconceito a respeito de uma situação da qual o meu entendimento é bastante precário, não consigo visualizar uma situação na qual um ser pretensamente humano maltrata outro porque ele não satisfaz as suas expectativas, sejam elas de qualquer forma.
Esta semana tivemos vários casos tornados públicos, porque o alvo dessas atitudes ignorantes foram pessoas famosas por suas carreiras, pessoas públicas, que sabem que possuem direitos e deveres como cidadãos, mas... e no dia a dia? Na movimentação normal da vida, quando o preconceito é velado por atitudes justificadas pelo próprio contesto social, vocês querem um exemplo?
Observem a si mesmo nesta movimentação considerada normal, quando você atravessa a rua, mudando de calçada simplesmente porque “achou” que a pessoa que vem ao seu encontro é um meliante, por quê? A cor da pele, a maneira como anda, as vestimentas, os óculos, porque está cantando alto... etc... etc... etc...?
Observando imagens de noticiários que falam sobre estes discutidos casos de preconceito, observei consternada que a fisionomia dessas pessoas transmitia raiva, ódio, ferocidade; expressão triste de desequilíbrio insano diante daquilo que nem mesmo sabe o que é; para num momento seguinte, filmado pelas câmeras de veículos de comunicação, esconderem-se entre os braços de alguém e cobrir a face num casaco mal colocado, demonstrando covardia e irreflexão sobre o próprio ato. Percebe-se que o descaso a respeito do outro, sobre os direitos do outro, nem ao menos passou por um momento de conflito interior, mas houve uma permissão hedionda de ferir e humilhar, sem motivo aparente, acreditando que as consequências não viriam bater a sua porta.
Enquanto houver julgamento nosso para com o outro sem razão, sem movimentação de nosso princípio inteligente haverá ofensas traumáticas contra aquele que não entendemos, não haverá a tão aclamada evolução de nosso mundão de Deus, porque estaremos sempre em busca de desculpas esfarrapadas como nossa própria mente.
Livrar-se da dor é também livrar-se do ranço que acaba por nos limitar a felicidade tão sonhada.
Libertar-se de jugos leves ou pesados e desfazer-se do velho e antigo pensar e buscar instrução, conhecimento, num constante processo de educação de si mesmo, é fácil?
E o que é fácil para seres ainda egoístas? Mas... possível... sempre!

"O desenvolvimento humano só existirá se a sociedade civil afirmar cinco pontos fundamentais: igualdade, diversidade, participação, solidariedade e liberdade."  Betinho


domingo, 8 de novembro de 2015

Comentário de Kely Garcia sobre o livro "SEMPRE HÀ VIDA"

Finalizado mais uma leitura Livro : Sempre há Vida - querida Eliane Macarini

Foi uma leitura super fácil onde os personagens vive um drama entre família , vindo de vidas passadas , gostei bastante recomento

Otávio era um homem de personalidade forte. Machista e alcoólatra, ele era casado com Vera. Juntos tinham um filho, Hugo, que desde pequeno dava sinais de que era um menino diferente dos outros. Vera casara-se muito cedo com a ilusão de que seria feliz, de que teria uma família harmoniosa e tranquila, mas, com o passar do tempo, Otávio foi se mostrando cada dia mais intolerante e violento. A história dessa família muda completamente quando Otávio vai parar no hospital em coma alcoólico, o que provocou a descoberta de uma série de problemas de saúde - físicos e mentais. Vera, então, passa a contar com o apoio irrestrito de um casal de amigos e de Caio, dono da academia aonde Otávio havia levado Hugo para aprender futebol. Vera conhece a doutrina espírita, o que a faz repensar sua vida e refletir se deveria mesmo continuar ao lado de um homem que tanto a maltratava. Otávio, mesmo em um leito hospitalar, ainda cultivava uma intensa raiva por Vera. A explicação viria das vidas anteriores... Neste Sempre há Vida, o espírito Maurício, pela psicografia de Eliane Macarini, vai nos ensinar a importância do amor, da tolerância e da paciência como ferramentas fundamentais para o nosso crescimento espiritual.

________________Trechos marcantes :

Os verdadeiros laços de família não são portanto, os da consanguinidade , mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos , que unem os Espíritos , antes, durante e apos a encarnação.

Seja o que for que o futuro te reserva , a cada minuto você pode decidir isso.Jesus nos disse que o mundo será dos mansos e pacíficos, e que nosso fardo nunca será maior do que podemos carregar, então , precisamos acreditar em nós mesmos e tenho certeza de que você sera muito feliz.

_____________Evangelho Segundo o Espiritismo , capituloXII - O ódio

FÉNELON
Bordeaux, 1861


10 – Amai-vos uns aos outros, e sereis felizes. Tratai sobretudo de amar aos que vos provocam indiferença, ódio e desprezo. O Cristo, que deveis tornar o vosso modelo, deu-vos o exemplo dessa abnegação: missionário do amor, amou até dar o sangue e a própria vida. O sacrifício de amar os que vos ultrajam e perseguem é penoso, mas é isso, precisamente, o que vos torna superiores a eles. Se vós os odiásseis como eles vos odeiam, não valereis mais do que eles. É essa a hóstia imaculada que ofereceis a Deus, no altar de vossos corações, hóstia de agradável fragrância, cujos perfumes sobem até Ele.

Mas embora lei do amor nos mande amar indistintamente todos os nossos irmãos, não endurece o coração para os maus procedimentos. É essa, pelo contrário, a prova mais penosa. Eu o sei, pois durante minha última existência terrena experimentei essa tortura. Mas Deus existe, e pune, nesta e na outra vida, os que não cumprem a lei do amor. Não vos esqueçais, meus queridos filhos, de que o amor nos aproxima de Deus,e o ódio nos afasta dele.
 — sentindo-se satisfeita.

Comentário de Maria Helena Moraes sobre o livro "SEMPRE HÀ VIDA"


Finalizada a prazerosa leitura do livro SEMPRE HÁ VIDA,mimo que recebi do coração generoso ,de nossa querida Eliane Macarini.

Um livro de leitura fácil e agradável,com um enredo de amor e ódio, tendo sua origem em vidas anteriores.

Todos os personagens envolvidos,Otávio,Vera,Caio,Ivan ,Hugo entre outros,através da consoladora Doutrina dos Espíritos,aprendem a praticar o poder da fé e da oração sincera,chegando ao ato benéfico do perdão!
------------------------------------------------------------------------------
***A lição assimilada é:

Somente através da prática do amor e do perdão sincero, conseguimos vencer nossas pendências e evoluir como espíritos devedores , que venceu o grande desafio de sua existência terrena.
As belas mensagens de amor e perdão nele contidos, abrem nossos corações para a tolerância e a paciência!
-----------------------------------------------------------------------------------
Entre muitos trechos lindos e mensagens maravilhosas do Evangelho Segundo o Espiritismo destaco:

“Somos únicos no processo de aprendizagem evolutiva, e nossas vivências,entre um plano e outro,nos encaminham para determinadas situações que deveremos viver com respeito e dignidade.”
Livro maravilhoso!
Indico a todos!
Obrigada Eliane Macarine por essa leitura edificante!
Deus abençoe seu trabalho de amor,juntamente com o espírito Mauricio

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

PÉ NA ESTRADA


Hoje é dia de Festa!

Acordei feliz, por que?

Ah! Só a possibilidade de estar por aqui, acertando arestas, descobrindo amor e sabendo que sempre posso fazer um esforço extra para viver dias melhores, já não é uma bela razão?

Percebi... observando a mim mesma, que não preciso de obsessores ferrenhos, inacessíveis a pensamentos úteis, bons e verdadeiros, porque o bem e o mal não tem outra morada, que não seja meu próprio coração, ou minha mente, muitas vezes, perdida em dores desnecessárias, não tão importantes como vistas naquele momento de desequilíbrio.

Decidi não fazer bulliyng comigo mesma.

Talvez vocês se perguntem o que ela quer dizer com isso?

Bulliyng numa definição encontrada na Wikipédia diz o seguinte:  é um anglicismo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos, causando dor e angústia e sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder. bullying é um problema mundial, sendo que a agressão física ou moral repetitiva deixa marcas para o resto da vida na pessoa atingida.

Oras... quem está mais perto de minha mente?

Aprendo estudando a Doutrina dos Espíritos que nossa responsabilidade na movimentação de energia que nos atingem é bem maior do que podemos imaginar, que nos processos obsessivos, o primeiro momento desse triste relacionamento com o outro, se inicia com a auto-obsessão, isto é, eu permito através de minhas dúvidas doentias, através de minha incapacidade de acreditar em minhas possibilidades de transformar dor em aprendizado, através da falsa crença que não tenho direito à liberdade, que o meio em desequilíbrio acabe por invadir meu campo vibratório e sou apenas mais uma vítima da incompreensão da vida.

A obsessão tem início na relação que tenho com o meu eu, assim tem início episódios de violência física e emocional que acaba por minar a minha possibilidade de liberdade e felicidade. Neste momento se instala na vida a dor de ser escravo de uma mente em desalinho, numa relação desigual entre o bem e o mal, que afinal ainda existe em cada um de nós.

Basta, simplesmente, acreditar que posso modificar minha estrutura mental, minha relação com meu mundo interior assim trazendo ao convívio social uma paz maior, uma relação mais saudável? 

Sim e não, milagres não existem, devemos exercitar novas e mais saudáveis formas de enxergar o mundo exterior,  permitir ao outro sua própria movimentação sem que nos colocarmos no centro de seu querer. Transformar a relação com seu eu, é exercitar o divino direito de ser feliz, é descobrir a beleza que existe dentro de cada mente e em cada coração, é começar um processo magnífico de auto amor e auto admiração, isso deve ser lindo. 

Bom... nesta primeira reflexão já descobri algumas coisas, então... pé na estrada.

Provocações que humilham: o desequilíbrio emocional de todos os envolvidos






Texto de Ana Macarini publicado na http://www.contioutra.com/provocacoes-que-humilham-o-desequilibrio-emocional-de-todos-os-envolvidos/
Em um ambiente no qual muitas crianças ou adolescentes convivem, é natural que ocorram conflitos. Conflitos são parte do processo de socialização. Ocorrem disputas, por espaço social, por popularidade ou por atenção, na busca por encontrar e desempenhar um papel nos locais de convivência.
Como ainda estão em formação,  crianças e adolescentes precisam poder contar com a mediação dos adultos envolvidos nesses ambientes, sejam eles a própria casa ou um espaço de convivência, como a escola ou o clube. Os pais têm enorme e intransferível responsabilidade na formação do caráter social de seus filhos. É preciso ficar atento a alterações de comportamento e manifestações emocionais. No entanto, os pais não são as únicas referências para os menores; crianças e adolescentes espelham-se em modelos de comportamento oferecidos tanto por adultos, quanto por seus pares de convivência social. Entretanto, verdade seja dita: é  da família a responsabilidade de formação do caráter dos jovens e das crianças.
Uma questão extremamente séria é perceber ou descobrir que seu filho, ou filha, está  envolvido em situações ligadas a provocações, humilhações e o sofrimento de outros. Crianças e jovens podem provocar colegas com a intenção legítima de brincar, colocando-se numa postura aberta de serem igualmente provocados. Nessa situação, todos os envolvidos têm a possibilidade de se divertir.
No entanto,  podem ocorrer provocações ofensivas, com a explícita intenção de causar desconforto no outro. Algumas crianças e jovens podem ser alvos fáceis dessas provocações, por destoarem dos padrões estabelecidos de peso,  altura, aparência,  jeito de falar. Neste caso, aqueles que provocam podem, com o tempo, perder de vista  o quanto pode ser doloroso ser caçoado; podem, inclusive passar a sentir prazer em provocar o constrangimento, seja para sentir que tem algum poder ou para ser notado.
Portanto,  caso percebam que seus filhos possam estar envolvidos nesse tipo de situação,  quer seja por provocar ou ser provocado, é indispensável procurar entender motivações e padrões de comportamento. E, tomando conhecimento, é preciso agir. Em ambas as situações,  os filhos estão precisando da presença concreta da família.  Eximir-se dessa responsabilidade é abrir mão do papel de orientar o processo de formação dos filhos.
Atentos ao comportamento dos menores, os adultos conseguem perceber sinais importantes que podem revelar que algo não vai bem. Algumas vezes, pode acontecer da pessoa ter naturalmente atitudes que atraem a atenção do grupo, conquistando de forma intencional ou não,  uma maior popularidade. Nesse caso, é possível que, junto com a admiração venham sentimentos bem menos nobres, como a inveja e o ciúme. Assim, essa exposição pode colocar essa pessoa em situação de alvo da irritação de outros que não desfrutem do mesmo aparente sucesso junto aos demais.
Crianças e jovens que convivem com tratamentos agressivos, explícitos o não, sejam eles os agredidos ou os agressores, apresentarão alterações sensíveis em seu comportamento que, a depender de sua personalidade pode manifestar-se de diferentes formas: introspecção e desejo de ficar só; choro fácil e hipersensibilidade ao meio; irritação; uso de vocabulário incomum e inapropriado; alienação; rejeição ao afeto dos familiares e pessoas mais próximas; sintomas físicos,  como dores, unhas roídas e até  ferimentos auto-inflingidos.
Uma vez confirmado o envolvimento em situações de conflito relacionado às provocações,  é indispensável que os adultos se preparem e se organizem  para intervir e mediar, ajudando os menores a compreender,  refletir e ressignificar seus comportamentos, encaminhando-os  para o estabelecimento de relações mais saudáveis.
É fundamental que os adultos planejem formas de promover a reflexão tanto dos agressores quanto dos agredidos. Algumas questões podem auxiliar na tomada de consciência, ajudando os dois lados afetados a interromper o processo automático de sofrimento que pode já ter se instalado. Eis algumas sugestões: “como me sinto ao provocar/ao ser provocado?”; “o que observo no outro quando provoco/sou provocado?”; “o que o outro parece sentir?”; “qual a minha motivação?”; “o que eu gostaria de saber sobre o outro que não sei?”; “essa pessoa que me agride ou a quem eu agrido tem qual importância para mim?”; “que  tipo de punição eu espero?”; “eu quero continuar com isso? por quê?”.
Tão importante quanto ajudar a administrar as situações de provocação que envolvem sofrimento é  compreender que os conflitos são parte preciosa do processo de desenvolvimento. Pensar e agir de forma diferente é natural e saudável. A diversidade de posturas,  aparências, crenças, opiniões e comportamentos é o que torna as relações interessantes,  desafiadoras e complementares. Assim, é preciso acreditar e defender um comportamento social, segundo o qual, fazer o outro sofrer não  pode, em hipótese nenhuma, ser fonte de prazer ou estratégia para aplacar o desconforto de uma auto-estima frágil e deformada.