domingo, 15 de maio de 2011

COMU QUI É QUI NÓIS VAMÚ FALÁ OU ESCRIVINHÁ?



Está aí, abaixo, postado na íntegra a matéria veiculada pelo Jornal Nacional.
Gostaria de fazer algumas perguntas aos autores do livro, principalmente, à senhora Heloisa Ramos, que colaborou na produção de um livro, que foi editado com o seguinte comentário: "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado", com a explicação: "Na variedade popular, basta que a palavra ‘os’ esteja no plural". "A língua portuguesa admite esta construção".
Juro que eu tentei, mas tentei mesmo encontrar em algum lugar do sub-mundo linguistico, alguma obra sulrealista que tivesse uma explicação efemera que fosse, sobre a adequada posição pluralistica da frase em questão. Chego a conclusão que os autores não sabem o significado de: correto, incorreto, adequado e inadequado. Aconselho a esses pretensos linguistas o uso de uma obra bem divulgada na comunidade brasileira: o dicionário, se quiserem uma indicação mais precisa, indico o "Aurélio", mas, se contudo, não conseguirem entender o que ali está escrito, posso indicar algumas escolas que disponibilizam, aos mais necessitados ignorantes da língua potuguesa, um excelente curso: o MOBRAL.
Desculpem, se estou sendo sarcástica, mas estou indignada..
A orientação aos alunos continua na página 15: "Mas eu posso falar 'os livro'?". E a resposta dos autores: "Claro que pode. Mas com uma ressalva, ‘dependendo da situação a pessoa corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico’”.
E no vestibular, quando tivermos que responder entre o correto e o incorreto, qual a alternativa que deverá ser escolhida?
Ou será que por causa desse livro fantástico em sabedoria linguistica, haverá uma alternativa extra:
f) Segundo o livro "Por uma vida melhor", está correto, mas só falado, porque escrito é errado.
Nossa! Que confusão! E os autores ainda falam em preconceito linguístico, será que eles sabem o isso quer dizer? E vítima?
E o Ministério da Educação assina embaixo e distribui para as escolas públicas, qual será a intenção real desse pessoal?
Já sei, é uma maneira de fazer com que fiquemos mais confusos, assim na hora de votar, a mente fica entorpecida e apenas usamos as colinhas prontas. UFA! Descobri.
Ou então, o Tiririca assumiu esse ministério e decide as coisas como funcionário fantasma.
Ou ainda, a senhora Heloisa Ramos e seus co-autores resolveram fazer uma nova reforma gramatical e ortográfica, à partir do povo que anda frequentando as escolas públicas, sem controle de qualidade algum, isto é, nivelando por baixo.
Por mais que tente entender essa história, fico mais confusa. Eles estão conseguindo!
Isso só tem comparação com a história da não reprovação de alunos, ainda nas escolas públicas.
Quando eu tinha doze anos, estudava no Colégio Oswaldo Cruz, em São Paulo, quem conheceu deve lembrar que era no centro da cidade, mais precisamente na rua Santa Isabel, eu e minha irmã resolvemos ir para uma escola pública. Agora pasmem: precisamos fazer um vestibulinho para provar que teríamos capacidade de frequentar, e ainda, precisamos de professor particular, por seis meses, para conseguir entender o que os professores falavam.
E falam mal do governo daquela época? E agora? Existe algo mais grave do que falar mal? (Dos dois jeitos)
Bom... é só mais uma que estamos permitindo acontecer?
Dizem que critica sem sugestão, é fácil; então, sugiro:


SENHORES PROFESSORES,
RECUSEM O USO
DESSA CARTILHA DO MAL!

MATÉRIA VEICULADA NO JORNAL NACIONAL

Um livro de português distribuído pelo Ministério da Educação (MEC) para quase meio milhão de alunos defende que a maneira como as pessoas usam a língua deixe de ser classificada como certa ou errada e passe a ser considerada adequada ou inadequada, dependendo da situação.
Na semana em que o Jornal Nacional tem discutido os maiores problemas do Brasil na educação, os argumentos da autora do livro e as reações que provocaram estão na reportagem de Júlio Mosquéra.
A defesa de que o aluno não precisa seguir algumas regras da gramática para falar de forma correta está na página 14 do livro “Por uma vida melhor”. O Ministério da Educação aprovou o livro para o ensino da língua portuguesa a jovens e adultos nas escolas públicas.
Ele apresenta a frase: "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado", com a explicação: "Na variedade popular, basta que a palavra ‘os’ esteja no plural". "A língua portuguesa admite esta construção".
A orientação aos alunos continua na página 15: "Mas eu posso falar 'os livro'?". E a resposta dos autores: "Claro que pode. Mas com uma ressalva, ‘dependendo da situação a pessoa corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico’”.
Heloísa Ramos, uma das autoras do livro, disse que a intenção é mostrar que o conceito de correto e incorreto deve ser substituído pela ideia de uso adequado e inadequado da língua. Uso que varia conforme a situação. Ela afirma que não se aprende o português culto decorando regras ou procurando o significado de palavras no dicionário.
“O ensino que a gente defende e quer da língua é um ensino bastante plural, com diferentes gêneros textuais, com diferentes práticas, diferentes situações de comunicação para que essa desenvoltura linguística aconteça”, declarou ela.
O Ministério da Educação informou em nota que o livro “Por uma vida melhor” foi aprovado porque estimula a formação de cidadãos capazes de usar a língua com flexibilidade. Segundo o MEC, é preciso se livrar do mito de que existe apenas uma forma certa de falar e que a escrita deve ser o espelho da fala.
O Ministério da Educação disse que a escola deve propiciar aos alunos jovens e adultos um ambiente acolhedor no qual suas variedades linguísticas sejam valorizadas e respeitadas, para que os alunos tenham segurança para expressar a "sua voz".
A doutora em sociolinguística Raquel Dettoni concorda que é preciso respeitar o falar popular, que não pode ser discriminado. Mas ela enfatiza que a escola tem um objetivo maior, que é ensinar a língua portuguesa que está nas gramáticas.
“Se a escola negligencia em relação a este conhecimento, o aluno terá eternamente uma lacuna quando ele precisar fazer uso disso no seu desempenho social. Nós não podemos desconsiderar que a função social da escola, com relação ao ensino de língua portuguesa, é - em princípio - prioritariamente ensinar os usos de uma norma mais culta”, destacou.
O Ministério da Educação informou ainda que a norma culta da língua portuguesa será sempre a exigida nas provas e avaliações. (Jornal Nacional)