quinta-feira, 31 de março de 2016

O QUE FAÇO COM MINHA VERDADE?


Em algumas ocasiões, nós ficamos muito bravos, irados, revoltados... etc. De repente você dá de cara com uma realidade que não havia tomado consciência da dimensão do estrago que fizeram em sua vida; até aquele momento, você tinha dúvidas, baseadas na necessidade de acreditar que era você que estava aumentando as coisas, dando maior dimensão aos fatos do que realmente eles tinham, até mesmo distorcendo a verdade, que, alias, tenho consciência de sua relatividade.

Ai você resolve fazer uma faxina em documentos velhos, desde o ano de 1990, guardados em caixas com cheiro de mofo e muito pó; então, vamos lá, mexe daqui, mexe dali, separa o que precisa ser guardado, joga fora o que não precisa, aquilo mesmo que todos fazem um dia. De repente, lá estão os documentos perdidos por certo tempo, encontrados, o fato está documentado, não é coisa da sua cabeça, está ali, papel e tinta, com data e tudo o mais que é necessário para provar a legitimidade de suas reclamações malucas.

Mas... se você agir de maneira legal, e jogar toda essa porcaria no ventilador, vai virar um inferno coletivo, o que faço? Calo a boca, a razão e a verdade, ou sigo em frente, porque aprendo por esses sessenta e um anos de vida que devemos viver consequências de nossos atos, então calar meus direitos, matá-los a paulada no ninho, não seria ser conivente e omissa, isso para não dizer covarde?

Nossa! É difícil de verdade, provar a verdade que sabemos que existe, e não digo provar de torná-la verdadeira, mas degustá-la com equilíbrio.

O que faço? Fico quieta e deixo tudo como está ou vou em busca de minha verdade e meus direitos?

Confesso certo cansaço nesta batalha que se estende há muitos anos, mas isso não pode ser desculpa para mais um período de inércia, sei que preciso tomar decisões, apenas isso, por enquanto.

Êta, exercício difícil demais!