sábado, 19 de março de 2016

FÉ INABALÁVEL? QUEM TEM?



Antes de começar a escrever sobre o assunto fui até o dicionário procurar o significado da palavra "fé" e encontrei várias definições:

Adesão absoluta do espírito àquilo que se considera verdadeiro.

Só de ver essa definição já me deu canseira, se pensarmos então nessa primeira hipótese, adesão absoluta do espírito àquilo que se considera verdadeiro, fico muito triste, porque tenho tido em minha encarnação várias provas da bondade de Deus para comigo, e mesmo assim, minha fé ainda é tão... reticente.

Mudei para São Paulo aos nove anos, morava na cidade de Franca, onde nasci, frequentava, a contra gosto de meus pais, o Centro Espírita Nova Era, e ficava muito bem, gostava bastante das coisas que aprendia por lá. E tinha minha avó Nenê que defendia esse meu lado "ovelha negra", visto que toda a família era católica apostólica romana. 

Quando cheguei a São Paulo, meio escondida para não arranjar briga, encontrei a FEESP, localizada no Viaduto Maria Paula, eu morava na Avenida Ipiranga 200, no Edifício Copan. Quando perguntavam onde eu ia, dizia que era na igreja, isso aconteceu por uns três ou quatro anos, até que meu pai resolveu me seguir e descobriu que estava indo novamente "àquele lugar" e, ainda mais, estava mentindo.

Resultado: fui proibida de ir à centros espíritas. Fiquei mal de verdade! Eu tenho dupla vista e nunca minha mediunidade teve descanso, então precisava muito de direcionamento.

Vou contar a vocês algo que ocorreu comigo perto dos quinze, e vocês poderão entender essa história.

Fiquei muito doente e durante um certo tempo foi uma peregrinação em consultórios médicos, até que recebemos o diagnóstico de leucemia. Imaginem, era o ano de 1968, eu estava com treze para quatorze anos. Comecei o tratamento, doloroso, sofrido e ineficaz

Até que um dia o médico chamou meu pai e disse que eu não reagia aos medicamentos, à quimioterapia, não havia mais o que fazer. A notícia correu pela família e chegou aos ouvidos do querido tio Edebar Madruga, marido de minha tia Ida Macarini Madruga, hoje morador do Plano Espiritual, uma pessoa incrível de bondade.

Era uma quinta-feira, do mês de julho de 1969, estava muito frio, eu estava em minha cama deitada, coberta por vários cobertores, era muito doloroso, até mesmo mexer a cabeça. Ele entrou no meu quarto, me enrolou num cobertor, olhou para meu pai e disse:

- Estou levando a Eliane num centro perto de minha casa, é bom não tentar me impedir.

Lá fui eu, com um pijama de flanela branco com estampas de bichinhos, que parecia dez números maiores que a necessidade de meu corpo, estava pesando trinta e oito quilos.

O carro parou frente a uma casa muito simples na Vila Maria, tio Edebar me pegou no colo, subiu uma escadaria enorme, entrou numa pequena sala, foi instruído a me sentar numa cadeira em frente a uma mesa com a toalha mais branca que já vi. Um senhor sentado á cabeceira, tomou minhas mãos nas suas e disse sorrindo:

- Menina, você não tem nada!

- Como? Eu tenho leucemia!

- Tem não, isso é apenas para seu pai te respeitar e ao seu mandato mediúnico, a doença é para ele e não para você.

Tomou nas mãos uma garrafa, aquelas antigas onde o leite era entregue, cheia de água e falou:

- Toma essa água, um pouquinho por dia, daqui há uma semana você não tem mais nada.

- Preciso voltar?

- Se você quiser, mas volta a estudar no lugar onde você ia, é mais fácil e ninguém precisa te levar, aqui é muito longe. Quando quiser nos visitar será bem vinda.

- Quem é você?

- Um amigo que precisa de sua ajuda.

- Quê?

- Um dia você vai entender.

Sai daquela casa abençoada me sentindo muito melhor, hoje, relembrando, sabia que era isso mesmo. 

Uma semana depois, o médico que me acompanhava se espantou com minha melhora, contei a ele o que tinha acontecido, ele beijou minhas mãos e falou emocionado:

- Não posso questionar a veracidade do que me conta, eu vi o estado precário de sua saúde. - virou o rosto para meu pai e disse: - Você entendeu, não é?

Nunca mais tive nada, e meus pais pararam de interferir na forma como eu manifesto minha fé.

E tenho mais e mais histórias para contar para vocês, provas indiscutíveis do Bem Maior, e mesmo assim, ainda não consigo manifestar essa fé inabalável, mas também sei que ela é fruto de exercício constante, então não me apresso, apenas... vivo o que dá! 

A fé não é algo para se entender, é um estado para se transformar. (Mahatma Gandhi)

sexta-feira, 18 de março de 2016

EXERCÍCIO DE CIDADANIA HOJE, POR ANA MACARINI!


O que não podemos perder de vista é uma realidade muito clara: aqueles que ocuparão cargos de comando no Planalto pós-impeachment também não merecem a confiança do povo. Esse governo já virou pó! Isso é fato! Uma questão de tempo, a queda! O Partido dos Trabalhadores perdeu-se de sua missão original, em troca de benefícios econômicos, políticos e de poder. Perdeu-se em inúmeras alianças com objetivos exclusivamente partidários, alheios à necessidade da população. 
No entanto, temos uma comissão de Impeachment formada, em sua grande maioria, por membros de outra quadrilha... ou será a mesma?!
Assim, não percamos de vista que NÃO HÁ HERÓIS! NÃO HÁ! 
Então, aproveitemos esse ambiente fértil de formação de conscientização política para não nos perdermos. O Brasil merece, não só um comando político melhor; merece, principalmente, um povo cidadão, ético, honesto, íntegro cujo comportamento seja um espelho fiel de suas reivindicações! 
Que nossa bandeira seja desenhada sobre moldes de DEMOCRACIA PLENA e não democracia política, apenas.

quarta-feira, 16 de março de 2016

RESPONSABILIDADE PESSOAL, VAMOS LÁ BRASIL!


932. Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?
- Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, preponderarão. (O Livro dos Espíritos - Livro IV - Esperanças e Consolações - Capitulo I - Penas e Gozos Terrenos)
Essa questão de O Livro dos Espíritos é bem pertinente ao momento histórico que vivemos no Brasil. As vezes me assusto com a postura submissa, sem ação do princípio inteligente de algumas pessoas, principalmente, aquelas que seguem a adorável filosofia dos espíritos melhores. Há uma confusão danada na frase que é repetida exaustivamente: 
- Está tudo certo, não cai uma folha sem permissão de nosso Pai!
Onde está escrito que devemos nos portar como marionetes da vida?
Onde está escrito que nossa postura diante de determinadas situações deve ser apenas contemplativa, sem ação, sem exercício da nossa inteligência em busca de novas respostas?
Mais do que ninguém o espírita deve ser ativo dentro da sociedade que transita, a omissão é verme que corrói a boa vontade e nos faz inativos diante de responsabilidades.
Cada folha que cai está inserida na Lei de Ação e Reação, vivemos hoje consequências de nossos atos de ontem, sejam eles equilibrados ou não. Ai entra a Terceira Lei de Newton: Toda ação produz uma reação contrária de igual qualidade e intensidade.
A própria definição de omissão, nos alerta sobre posturas menos saudáveis: ato ou efeito de deixar de lado, desprezar ou esquecer; preterição, esquecimento.
Inertes diante de acontecimentos que nada tem de bom para a sociedade brasileira estamos cooperando com o mal que corrompe e expolia os direitos sociais.
O caminho da moralidade passa, inexoravelmente, pelo caminho da ética, se não nos posicionamos para que as leis civis e sociais sejam cumpridas, para que haja respeito entre os cidadãos de uma pátria amada, como chegaremos à casa do Pai, se nem mesmo estamos dando conta de enxergar a nossa posição material?
Voltando ao O Livro dos Espíritos, questão 629, Kardec questiona: Que definição se pode dar à Moral? e recebe a seguinte resposta: A moral é a regra da boa conduta e portanto da distinção entre o bem e o mal. Funda-se na observação da lei de Deus. O homem se conduz bem quando faz tudo tendo em vista o bem e para o bem de todos, porque então observa a lei de Deus.
O espírita deve sim se manifestar, de forma pacifica e equilibrada, com a mente elevada em bons propósitos, mas ativo e não passivo.
Afinal, meus amigos, passivo não tem nada haver com pacifico. Vamos em busca de direitos que estão lavrados em nossa constituição, aquela que rege as leis materiais. Vamos em busca da verdadeira liberdade, aquela que nos garante a evolução de nosso espírito, e para isso precisamos, urgentemente, entender o mecanismo da vida. Vamos orar para que nossas mentes estejam em sintonia com o Criador, mas que nossa ação se torne efetiva e justa.
Emmanuel nos alerta no texto "Em Todos os Caminhos":
Seja qual seja a experiência, convence-te de que Deus está conosco em todos os caminhos.
Isso não significa omissão de responsabilidade ou exoneração da incumbência de que o Senhor nos revestiu. Não há consciência sem compromisso, como não existe dignidade sem lei.
O peixe mora gratuitamente na água, mas deve nadar por si mesmo. A árvore, embora não pague imposto pelo solo a que se vincula, é chamada a produzir conforme a espécie.
Ninguém recebe talentos da vida para escondê-los em poeira ou ferrugem.
Nasceste para realizar o melhor. Para isso, é possível te defrontes com embaraços naturais ao próprio burilamento, qual a criança que se esfalfa compreensivelmente nos exercícios da escola. A criança atravessa as provas do aprendizado sob a cobertura da educação que transparece do professor. Desempenhamos as nossas funções com o apoio de Deus.
Se o conhecimento exato da Onipresença Divina ainda não te acode à mente necessitada de fé, pensa no infinito das bênçãos que te envolvem, sem que despendas mínimo esforço. Não contrataste engenheiros para a garantia do Sol que te sustenta e nem assalariaste empregados para a escavação de minas de oxigênio na atmosfera, a fim de que se renove o ar que respiras.
Reflete, por um momento só, nas riquezas ilimitadas ao teu dispor nos reservatórios da natureza e compreenderás que ninguém vive só.

Confia, segue, trabalha e constrói para o bem. E guarda a certeza de que, para alcançar a felicidade, se fazes teu dever, Deus faz o resto.


Autor: Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier

REENCONTROS

- Estou perdida num mundo escuro, procuro saída e não encontro. Sinto uma terrível dor no peito e não sei o que fazer, ou para onde correr. Estou só!

- O que está acontecendo com você? Algo grave a incomoda?

- Não, está tudo bem. Está tudo bem mesmo! Sou eu, apenas eu. Não consigo me interessar por nada, nada me atrai a atenção. Até mesmo meu corpo me incomoda, parece que não sou eu.

- Como assim?

- Pela manhã quando acordo, até que estou bem, tenho observado esse fato há algum tempo, e ontem percebi que essa sensação de não estar no lugar certo, começa quando olho no espelho e encontro a imagem de um rosto desconhecido para mim.

- Entendo! Qual a sensação que você tem ao acordar?

- De alegria mesmo, de esperança, lembro de outras coisas que nada têm com essa vida sem graça que levo.

- São como recordações muito intensas?

- Isso mesmo. Lembro de uma casa no meio do campo, uma varanda com cadeiras normais e duas cadeiras de balanço. Se forçar vejo um casal de idade sentado e balançando as cadeiras, eles estão de mãos dadas e vez ou outra olham um para o outro com muito carinho, parecem encantados por estarem ali juntos, há várias crianças brincando por ali, todas alegres. Sinto uma felicidade enorme, é como se estivesse observando essa cena, isso acontece desde que eu era criança.

- Recordações de uma outra vida?

- Eu sinto muitas saudades do homem, a sensação é que ele morreu e eu fiquei sozinha. Tem uma outra cena, a senhora a beira de um túmulo nos pés de uma árvore, orando e pedindo a Deus para ir embora com ele, nesse momento algumas crianças se aproximam e a pegam pelas mãos, dizendo que é hora do almoço, ela vai, bem diferente do que era, o passo é cansado, os olhos tristes; depois a vejo sentada na varanda, na cadeira que era dele, ela tem o olhar fixo num determinado ponto e quando me viro e olho, vejo que observa a árvore onde ele foi enterrado.

- Não sei o que dizer dessas suas lembranças, eu sou espírita, na casa que frequento há o atendimento fraterno, acredito que as pessoas que trabalham lá, podem te ajudar de uma forma mais eficaz. Vamos comigo hoje à noite?

- Vamos sim, estou muito cansada. Para mim está sendo difícil viver cada dia, a saudade que sinto, não sei de quê, cresce no meu peito e me escraviza a cada dia. Estou ficando obsedada por essa ideia, e sei que vou encontrar esse homem, um dia, em minha vida, então só espero por algo que, certamente, é apenas fruto de minha insatisfação, mas que também me mantem viva. Que doideira!

À noite, as duas amigas entram no salão da agradável casa espírita, estão esperançosas quanto aos resultados.

A moça das lembranças olha a sua volta buscando um lugar para sentar, encontra os olhos admirados de um rapaz que a observa. Ela sente o coração saltar em seu peito, pega a mão da amiga e a aperta com força, respira fundo e fala:

- Ele está aqui! Eu o encontrei!

O rapaz se levanta, ele tem os olhos marejados de lágrimas, se aproxima, estende as mãos para ela e fala emocionado:

- Venha sentar ao meu lado!

Eles se olham com carinho e sabem que encontraram sua vida, sentam-se lado a lado, de mãos dadas.

"...Confia e vai em teu caminho de paz. 
Nada é mais gratificante que ver alguém submergindo 
da escuridão apenas por haver acreditado na existência da luz.
Ela sempre esteve presente...
Era só abrir os olhos..." 
(Francisco de Assis)


terça-feira, 15 de março de 2016

ENTREVISTA COM ELIANE MACARINI SOBRE EDUCAÇÃO NA TV WEB LUZ

https://www.youtube.com/watch?v=bSShPDY5qc8


FELIZ ANIVERSÁRIO, OLGA GILBERTO!

 Bom dia, prima do coração! 

Hoje é seu aniversário, estou com muitas saudades, mas sei também que você está bem por ai, saudável, feliz e livre.

Desejando sempre que seu recomeço seja semelhante as recordações que nos legou, como amor, dedicação, persistência, bondade e fé.

Durante sua estada por aqui foi o arrimo de muita gente boa também, que o digam a tia Anita, o Tio Antonio e a querida Manu e seus filhos.

Você nos deixou saudades no coração e admiração na mente. Deus a abençoe sempre e saiba que eu amo você de verdade.


Com carinho de sua prima, Eliane!



segunda-feira, 14 de março de 2016

BENDITA ZONA DE CONFORTO, OU SERÁ MALDITA?



Eu já percebi uma coisa incrível no comportamento do ser humano, enquanto o sofrimento é do tamanho que damos conta de vivenciar, ele é aceitável; mas, nós não percebemos que todo estado de sofrimento é derivado do desequilíbrio, e todo estado desequilibrado tende a se agravar com o passar do tempo, trazendo desconforto, tristeza, raiva, insatisfação, acabando por nós tornar irascível, mesmo em momentos parciais de felicidade. Ficamos cegos diante de olhos abertos, mas as mentes, ah! essas estão hermeticamente lacradas para as aventuras necessárias, aquelas que espantam o ócio, que nos vivia a alma.

Os dias se arrastam à medida que nossos passos se tornam cansados e desprovidos de leveza, esse peso nos rouba a vibração necessária para que modifiquemos o que não nos agrada, estamos na chamada zona de conforto. Nada está muito bom, nem mesmo bom, mas está do jeito que dou conta de empurrar com a barriga.

Só que ninguém está feliz vivendo na corda bamba, pois é exatamente isso que acontece nessas situações, pois a insegurança nos rouba a tranquilidade, não existe paz numa mente em conflito eterno, é necessário que algo nos aconteça para que modifiquemos esse bendito estado monótono, de viver o que não queremos e estarmos sempre a representar o que não somos.

O palco da vida se estende de tal forma, que os marionetes criados por mentes em desalinho nos comanda a vontade e a dor, ao ponto nevrálgico de engolirmos uma pílula garganta abaixo, com a intenção de curar feridas inexistentes no corpo denso.

A dor mora na alma, está em nossa mente, na necessidade de viver o que necessitamos, e experimentar o sofrimento da evolução, das coisas novas, aquelas que tememos, pois longe de ser fácil modificar o caminho, é mais fácil e está mais perto viver uma vida falsa e capenga.

Sair do lugar comum, buscar novas respostas, somente acontecerão quando descobrirmos que a dor da ignorância de rejeitarmos o novo, nos obrigada a ter sempre as mesmas afirmativas, dia após dia, ano após, para assuntos já velhos.

Mudar o caminho requer coragem, perseverança, fé em nós mesmos, compreendermos que temos capacidade para criar e recriar nossas horas. Isso é viver, é responder sempre questões novas com respostas novas, experimentar a vida e chutar para longe a mesmice.

Sair da zona de conforto é buscar inspiração para a felicidade!


É IMPOSSÍVEL EVOLUIR COM OS OLHOS VENDADOS - ANA MACARINI

http://www.contioutra.com/e-impossivel-evoluir-com-os-olhos-vendados/

MEDO TODO MUNDO TEM E CRIANÇA TEM TAMBÉM - ANA MACARINI

http://www.contioutra.com/medo-todo-mundo-tem-e-crianca-tem-tambem/