quinta-feira, 3 de março de 2016

FAMÍLIA É BOM DEMAIS, E A MACARINI ENTÃO... É ADORÁVEL!





É muito bom relembrar, principalmente, quando vemos fotos de nosso passado, ainda tão presente em nossas memórias. E fica melhor ainda quando esse passado nos traz saudades boas, daquelas que gostaríamos de viver de novo, de tão bom que foi.

Assim são as lembranças que tenho de minha infância, muita brincadeira, uma família grande, bastante unida, avós que nos dão orgulho de levar o sobrenome.

Eu sou um membro da família Macarini, e adoro isso, lembro de meu avô André e suas histórias, suas piadas, seu carinho, seu bom humor constante.


Lembro de minha avó Amália, doce, quieta, amorosa, um olhar sereno e sempre disposta a olhar os netos; mas, não era um olhar qualquer, era um olhar de amor e de satisfação, e se demorávamos a aparecer, um olhar genuíno de saudades.

Minhas tias e meus tios, cada um deixou sua marca em minha vida, e acredito que todos de nossa família podem dizer o mesmo.

Meus primos, quanta farra boa, carnaval, aniversários, encontros, etc., e que ainda nos traz alegria nos encontros atuais, mesmo nas ocasiões tristes, afinal nossos velhinhos estão partindo e deixando saudades. Primos, precisamos daquele encontro festivo, com urgência!


Hoje, tenho 61 anos, e até o momento essas memórias me definem, então procuro ser ponto de alegria, apoio e felicidade para minha família. Às vezes consigo, outras ouço que não estou agindo direito, mas também lembro que na época de criança, também ouvia o mesmo entre os adultos, e isso não nos deprimiu o ânimo, não é?

Vou chegando a algumas conclusões pessoais, que o melhor é muito relativo, mas definido pela minha capacidade de entender o momento, então... faço o meu melhor.

Um dia ao relembrarem a nossa época, essa mesma que vivemos hoje, quem sabe qual será a marca que deixaremos? Espero que seja boa, criativa e definida pelo amor, e acredito que isso seja ser uma Macarini, os exemplos que tivemos de uma família incrível.

Então estou agradecendo à: tia Nega, Tio Walter, Tia Lourdes, tio Geraldo, tia Olga, tio Neno, Tia Cida, tio Teixeira, Tia Zelinda, tio Orlando, tia Ida, tio Edebar, um lugar especial cabe à Dona Dayse e senhor Elzo, meus pais.

E lá no alto, do céu amoroso, agradeço ao vovô André e vovó Amália, um sonho em nossas vidas.


SÍNDROME DO PÂNICO - O MEDO À FLOR DA PELE - ANA MACARINI

http://www.contioutra.com/sindrome-do-panico-o-medo-a-flor-da-pele/

quarta-feira, 2 de março de 2016

UM DIA DE CADA VEZ

Nem sempre estamos contentes com nossa própria imagem, algumas vezes, nos olhamos no espelho e o que vemos nos incomoda.

O cabelo está rebelde, não pára no lugar, parece ter personalidade própria e com certeza não tem nada com a minha maneira de ser.

Outras tantas, esse mesmo espelho mostra algumas imperfeições físicas, como gordurinhas adquiridas através dos tempo de insensatez, e ai vem a pergunta que nos maltrata e deprime o ânimo: "Por que deixei chegar nesse ponto?"

Voltamos ao espelho com uma roupa mais larga, e não nos satisfazemos com a imagem ali refletida, a angústia da insatisfação toma conta de nossa mente, o peito dói, as lágrimas insistem em brotar de nossos olhos cansados, não sabemos nem mesmo por onde começar a modificar este estado doloroso. 

Estamos infelizes, e com certeza, esse não será um bom dia para nada. 

Seria melhor ter continuado na cama, com os olhos fechados, sem ver a vida, sem nem mesmo tentar entender o que está atrás desta insatisfação pessoal.

Se racionalizarmos nossas emoções, o momento de dor, de descontrole, descobriremos, admirados com a simplicidade das respostas, que essa insatisfação com a aparência refletida no espelho, apenas esconde uma dor mais profunda, com raízes poderosas, mas não imortais. 

O questionamento saudável, lúcido e claro, pode nos ajudar e fazer as perguntas corretas a nós mesmo, como:

O que realmente anda me incomodando? 

Por que insisto neste terrível quadro de punição pessoal? 

Estou apenas transferindo dores mais profundas para algo que posso tocar? 

Como o meu cabelo, o meu corpo, a minha pele?

O está escondido atrás desses momentos caóticos, que me obrigo a nomear e dar endereços para o meu descontrole? 

Sabemos que refletimos no espelho o que vai em nossa alma, e esse reflexo sempre terá distorções profundas, que roubarão a qualquer alma a lucidez necessária para encontrar respostas.

A insatisfação encontrada no reflexo distorcido é apenas um placebo para a grave condição do espírito, que procura desvios de sua verdadeira origem, de seu verdadeiro caminho por aqui, nesta oportunidade de autoconhecimento, autoanálise para caminhar dentro de um processo seguro de aprendizado e transformação, sempre em busca da verdadeira liberdade, aquela que vem do interior de nossas mentes e nos propicia uma visão mais saudável de nosso próprio eu.

Na minha opinião nossa verdadeira imagem é aquela que construímos dia a dia, um pouquinho de cada vez, com otimismo e fé em nossa capacidade de realizar nossos próprios milagres, a distorção existe, mas aos poucos e com segurança tudo se torna relativo às minhas descobertas de como fazer melhor o meu dia.

Um bom dia de amor e paz para todos.  

terça-feira, 1 de março de 2016

CONSIDERAÇÕES INICIAIS DE GLAUCIA S. ALVES SOBRE O LIVRO "BERÇO DE LUZ"

O livro da vez é: "Berço de Luz" da querida Eliane Macarini!
Sinopse:
Rachel vive vários conflitos agravados pelo descontrole do pai, César, um homem que se embriaga com frequência e a maltrata. Inês, a mãe, é totalmente submissa ao marido autoritário. Rachel, menina de treze anos, é a filha caçula, e se entende muito bem com seu irmão Rogério, de vinte e três anos. O jovem, que é médium, é centrado em suas colocações e estuda com afinco a Doutrina Espírita. 
Carol, amiga de Rachel, vive com a mãe, Angela, e com o irmão, Caio. O pai, Fábio, desencarnou há oito anos, e agora trabalha com a equipe de Vinícius (Pedro de Camargo) no amparo às duas famílias. 
Contudo, um fato vem modificar a vida de todos. Rachel engravida de Airton, um garoto que sofre por problemas no coração. Em pânico, ela não sabe como agir. Não quer contar ao namorado, por conta de sua doença, nem aos pais, por temê-los. 
Diante de tanto medo, o clima vai piorando na casa de Rachel. Um dia, César, sem saber que vive obsediado, estava alcoolizado e agride Rachel, tentando acertá-la na barriga para provocar um aborto. Mas algo inesperado acontece com ele... E uma nova vida, uma nova oportunidade de aprendizado, começa a se mostrar para Rachel, Inês e Rogério.
BERÇO DE LUZ, do espírito Vinícius (Pedro de Camargo), pela psicografia de Eliane Macarini, vem nos mostrar que a vida é um constante renascer, um processo contínuo de melhoria e evolução. Muitas vezes pelo sofrimento. Mas a dor é uma amiga passageira, aceitemos as dificuldades e logo um novo dia irá brilhar, mais bonito, mais radiante e mais feliz!
Assim que terminar volto com minhas conclusões. Aguardem...

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

UM DIA DE GATO

Esse é o meu dia preferido, um dia de gato, porque de cão... haja paciência para ele.

Levantei de minha cama, hoje, 29 de fevereiro de 2016, sabendo que seria um dia muito especial, um dia que só se repetirá daqui quatro anos, ou seja em 2020, e minha mente como tem vida própria começou a funcionar de maneira bastante pitoresca.

Quem nasce no dia 29 de fevereiro, e tem minha idade, 61 anos, só comemorou até a presente data, 15 anos e alguns meses de idade.

Ai lembrei de uma fala de minha mãe, a dona Dayse, quando alguém dizia:

- Ah! Se eu tivesse a cabeça de hoje aos vinte anos.

Dona Dayse mais do que depressa respondia:

- Seria um chato, cabeça de sessenta na adolescência, sai prá lá.

E ai afora foram as situações inusitadas: 

- E quem casou no dia 29 de fevereiro, quando será as bodas de prata?
Pasmem só daqui há cem anos, será que o casamento sobrevive?

- E quem foi registrado na carteira de trabalho no dia 29 de fevereiro?
Só aposenta depois de ... é melhor esquecer essa data, já estaremos do outro lado.

- A pior ideia que tive: e se as eleições presidenciais fossem no dia 29 de fevereiro, o presidente eleito ficaria no poder 16 anos?
Essa não, por favor.

Esse está sendo um dia de gato bem humorado, pensamentos... caóticos, mas felizes, confusos, mas engraçados.

Um dia de gato, estou gostando.

Borderline: a vida à beira de um vulcão

Borderline: a vida à beira de um vulcão



A doença psíquica não é diferente das outras doenças. Ela é, apenas mais cruel, porque é invisível. Não há sinais físicos correlatos para quem sofre um transtorno de personalidade; não há febre; não há manchas espontâneas na pele; não há inchaços; nada que se possa ver num exame de raio x, ou mesmo numa sofisticada ressonância magnética. A doença psíquica é íntima apenas de quem convive com ela. E, mesmo assim, pode ser uma íntima desconhecida; dada sua natureza volátil e instável. Os transtornos de personalidade não têm nenhuma lógica que os possa explicar. E, aqueles que sofrem com essas doenças, ainda têm que lidar com um inimigo ainda mais implacável e cruel: o preconceito!
O Transtorno de Personalidade Borderline é caracterizado por um comportamento padrão regido por instabilidade nas relações interpessoais; autoimagem distorcida; dependência afetiva e excessiva impulsividade. Essa combinação explosiva mantém a pessoa numa condição mental perturbada, posto que ela pode ser acometida pelos sintomas de forma inesperada e violenta, transformando sua vida numa experiência caótica, intensa e dolorosa.
É na fase inicial da vida adulta que se observa maior ocorrência no surgimento do TPB. A denominação Transtorno de Personalidade Borderline foi usado pela primeira vez em 1884 e a partir disso, seu diagnóstico e tratamento passaram por várias modificações no decorrer dos anos. No início, enquadravam-se no termo pacientes cujo quadro oscilava entre a sanidade e a loucura, entre a neurose e a psicose; em função disso usou-se o termo “borderline”. O diagnóstico aparecia relacionado a sintomas neuróticos graves. A precisão no diagnóstico começou a se desenhar na década de 1980; antes disso, a maioria dos médicos tinha a crença de que a personalidade era algo definitivo, imutável; e, portanto não poderia ser objeto de observação e estudo para determinar qualquer tipo de doença.
São várias as causas envolvidas na instalação de um quadro de Transtorno de Personalidade Borderline: predisposição genética; experiências tráumáticas na infância ou adolescência; abuso; negligência; e, até fatores ambientais e sociais (guerras; acidentes causados por fenômenos naturais). É prevalente a ocorrência de TPB quando há parentes de 1º grau com esse transtorno. Famílias instáveis, formada por pais agressivos ou envolvidos em relações muito conflituosas e violentas são outro fator de desencadeamento de TPB. Crianças submetidas a uma educação excessivamente autoritária, com exigência completa de submissão e obediência, também podem desenvolver o transtorno, pois têm seu desenvolvimento cognitivo e emocional deformado por dúvidas profundas acerca de suas capacidades e excessivo sentimento de culpa e vergonha por seus fracassos, por mais naturais e típicos que sejam. No entanto, embora seja bem menos frequente, observa-se a ocorrência deste transtorno em indivíduos que não se enquadram em nenhum dos critérios previstos.

O caos que envolve a vida do portador de Transtorno de Personalidade Borderline, atinge de forma inexorável aqueles que convivem com ele, sobretudo seus familiares. Muitas vezes, a família e os amigos desistem do portador de TPB, em função da dificuldade em lidar com suas intempestivas oscilações de comportamento. Entretanto, é importante salientar que os sintomas e próprio transtorno são tratáveis por meio de psicoterapia, acompanhamento médico-psiquiátrico e, quando necessário, uso de medicamentos sob prescrição, avaliação e orientação médica, para tratar condições periféricas tais como depressão, insônia, ansiedade, compulsão ou irritabilidade, por exemplo.Aqueles que são vítimas de Transtorno de Personalidade Borderline vivem num sofrimento profundo. Empenham esforços desumanos na tentativa de evitar situações de abandono, quer elas sejam reais ou imaginárias. Repetem padrões de relacionamentos pautados pela alternância de extremos: ou idealizam demais o objeto de seu afeto, ou o desvalorizam a ponto de humilhar e romper vínculos definitivamente. Lutam com uma dualidade acerca da percepção que têm de si mesmos: ou se acham “o máximo”, ou se sentem “um lixo”. Submergem em comportamentos impulsivos ou obsessivos que podem variar de gastos excessivos; a sexo irresponsável; abuso de substâncias químicas; compulsão alimentar ou desejo de viver em risco permanente. São acometidos de forma constante por sentimento de menos valia, sentem-se vazios e entediados. Irritam-se facilmente, sendo protagonistas de explosões desproporcionais de raiva que duram algumas horas, mas depois deixam o indivíduo destruído diante de situações muitas vezes irremediáveis e que ele não tem como consertar. Não raras vezes, o portador de TPB mutila-se fisicamente e chega a tentar contra a própria vida.
O prognóstico é de esperança e possibilidade de uma vida plena, organizada e com qualidade, desde que o paciente receba e persista no conjunto indicado de tratamentos e conte com um anteparo emocional, formado por uma rede afetiva de pessoas que se disponham a enfrentar cojuntamente os inúmeros desafios que os transtornos de personalidades infringem.
O fato é que aquele que vive às voltas com esse alucinante estado emocional em carne viva, sofre. Além das inúmeras contingências cruéis da doença, sofre com as catástróficas experiências amorosas nas quais se envolve; sofre com a falta de capacidade (ainda que temporária) de se comprometer com as mais simples tarefas do dia-a-dia; sofre por perder empregos, por não conseguir terminar o que começa, por não ser possível manter a concentração; sofre porque ser diferente é uma afronta que o outro não tolera porque se acha imune de qualquer tragédia dessas; sofre quando o outro à sua frente trata sua condição mental (grave) como algo imaginário ou um comportamento “para chamar a atenção”.
Assim, caso nos caiba a oportunidade de conviver com um de nós que esteja sendo tragado pelas agruras de uma doença psíquica, procuremos enxergar além da nossa tosca mania de rotular o outro com definições reducionistas. Façamos um pequeno esforço para compreender que nunca seremos capazes de mensurar de fato o quanto é dolorosa a luta de alguém cujo opositor não tem cara, nem coração. Tratemos de nos curar dessa doença epidêmica que é o preconceito. Assim, quem sabe, em vez de torcer o nariz e virar as costas, não sejamos capazes de acolher entre os braços e oferecer um tiquinho da nossa valiosa atenção!


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