quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Tv Web Luz - Tv web Espirita para o despertar de uma nova era

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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

PÉ NA ESTRADA


Hoje é dia de Festa!

Acordei feliz, por que?

Ah! Só a possibilidade de estar por aqui, acertando arestas, descobrindo amor e sabendo que sempre posso fazer um esforço extra para viver dias melhores, já não é uma bela razão?

Percebi... observando a mim mesma, que não preciso de obsessores ferrenhos, inacessíveis a pensamentos úteis, bons e verdadeiros, porque o bem e o mal não tem outra morada, que não seja meu próprio coração, ou minha mente, muitas vezes, perdida em dores desnecessárias, não tão importantes como vistas naquele momento de desequilíbrio.

Decidi não fazer bulliyng comigo mesma.

Talvez vocês se perguntem o que ela quer dizer com isso?

Bulliyng numa definição encontrada na Wikipédia diz o seguinte:  é um anglicismo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos, causando dor e angústia e sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder. bullying é um problema mundial, sendo que a agressão física ou moral repetitiva deixa marcas para o resto da vida na pessoa atingida.

Oras... quem está mais perto de minha mente?

Aprendo estudando a Doutrina dos Espíritos que nossa responsabilidade na movimentação de energia que nos atingem é bem maior do que podemos imaginar, que nos processos obsessivos, o primeiro momento desse triste relacionamento com o outro, se inicia com a auto-obsessão, isto é, eu permito através de minhas dúvidas doentias, através de minha incapacidade de acreditar em minhas possibilidades de transformar dor em aprendizado, através da falsa crença que não tenho direito à liberdade, que o meio em desequilíbrio acabe por invadir meu campo vibratório e sou apenas mais uma vítima da incompreensão da vida.

A obsessão tem início na relação que tenho com o meu eu, assim tem início episódios de violência física e emocional que acaba por minar a minha possibilidade de liberdade e felicidade. Neste momento se instala na vida a dor de ser escravo de uma mente em desalinho, numa relação desigual entre o bem e o mal, que afinal ainda existe em cada um de nós.

Basta, simplesmente, acreditar que posso modificar minha estrutura mental, minha relação com meu mundo interior assim trazendo ao convívio social uma paz maior, uma relação mais saudável? 

Sim e não, milagres não existem, devemos exercitar novas e mais saudáveis formas de enxergar o mundo exterior,  permitir ao outro sua própria movimentação sem que nos colocarmos no centro de seu querer. Transformar a relação com seu eu, é exercitar o divino direito de ser feliz, é descobrir a beleza que existe dentro de cada mente e em cada coração, é começar um processo magnífico de auto amor e auto admiração, isso deve ser lindo. 

Bom... nesta primeira reflexão já descobri algumas coisas, então... pé na estrada.

Provocações que humilham: o desequilíbrio emocional de todos os envolvidos






Texto de Ana Macarini publicado na http://www.contioutra.com/provocacoes-que-humilham-o-desequilibrio-emocional-de-todos-os-envolvidos/
Em um ambiente no qual muitas crianças ou adolescentes convivem, é natural que ocorram conflitos. Conflitos são parte do processo de socialização. Ocorrem disputas, por espaço social, por popularidade ou por atenção, na busca por encontrar e desempenhar um papel nos locais de convivência.
Como ainda estão em formação,  crianças e adolescentes precisam poder contar com a mediação dos adultos envolvidos nesses ambientes, sejam eles a própria casa ou um espaço de convivência, como a escola ou o clube. Os pais têm enorme e intransferível responsabilidade na formação do caráter social de seus filhos. É preciso ficar atento a alterações de comportamento e manifestações emocionais. No entanto, os pais não são as únicas referências para os menores; crianças e adolescentes espelham-se em modelos de comportamento oferecidos tanto por adultos, quanto por seus pares de convivência social. Entretanto, verdade seja dita: é  da família a responsabilidade de formação do caráter dos jovens e das crianças.
Uma questão extremamente séria é perceber ou descobrir que seu filho, ou filha, está  envolvido em situações ligadas a provocações, humilhações e o sofrimento de outros. Crianças e jovens podem provocar colegas com a intenção legítima de brincar, colocando-se numa postura aberta de serem igualmente provocados. Nessa situação, todos os envolvidos têm a possibilidade de se divertir.
No entanto,  podem ocorrer provocações ofensivas, com a explícita intenção de causar desconforto no outro. Algumas crianças e jovens podem ser alvos fáceis dessas provocações, por destoarem dos padrões estabelecidos de peso,  altura, aparência,  jeito de falar. Neste caso, aqueles que provocam podem, com o tempo, perder de vista  o quanto pode ser doloroso ser caçoado; podem, inclusive passar a sentir prazer em provocar o constrangimento, seja para sentir que tem algum poder ou para ser notado.
Portanto,  caso percebam que seus filhos possam estar envolvidos nesse tipo de situação,  quer seja por provocar ou ser provocado, é indispensável procurar entender motivações e padrões de comportamento. E, tomando conhecimento, é preciso agir. Em ambas as situações,  os filhos estão precisando da presença concreta da família.  Eximir-se dessa responsabilidade é abrir mão do papel de orientar o processo de formação dos filhos.
Atentos ao comportamento dos menores, os adultos conseguem perceber sinais importantes que podem revelar que algo não vai bem. Algumas vezes, pode acontecer da pessoa ter naturalmente atitudes que atraem a atenção do grupo, conquistando de forma intencional ou não,  uma maior popularidade. Nesse caso, é possível que, junto com a admiração venham sentimentos bem menos nobres, como a inveja e o ciúme. Assim, essa exposição pode colocar essa pessoa em situação de alvo da irritação de outros que não desfrutem do mesmo aparente sucesso junto aos demais.
Crianças e jovens que convivem com tratamentos agressivos, explícitos o não, sejam eles os agredidos ou os agressores, apresentarão alterações sensíveis em seu comportamento que, a depender de sua personalidade pode manifestar-se de diferentes formas: introspecção e desejo de ficar só; choro fácil e hipersensibilidade ao meio; irritação; uso de vocabulário incomum e inapropriado; alienação; rejeição ao afeto dos familiares e pessoas mais próximas; sintomas físicos,  como dores, unhas roídas e até  ferimentos auto-inflingidos.
Uma vez confirmado o envolvimento em situações de conflito relacionado às provocações,  é indispensável que os adultos se preparem e se organizem  para intervir e mediar, ajudando os menores a compreender,  refletir e ressignificar seus comportamentos, encaminhando-os  para o estabelecimento de relações mais saudáveis.
É fundamental que os adultos planejem formas de promover a reflexão tanto dos agressores quanto dos agredidos. Algumas questões podem auxiliar na tomada de consciência, ajudando os dois lados afetados a interromper o processo automático de sofrimento que pode já ter se instalado. Eis algumas sugestões: “como me sinto ao provocar/ao ser provocado?”; “o que observo no outro quando provoco/sou provocado?”; “o que o outro parece sentir?”; “qual a minha motivação?”; “o que eu gostaria de saber sobre o outro que não sei?”; “essa pessoa que me agride ou a quem eu agrido tem qual importância para mim?”; “que  tipo de punição eu espero?”; “eu quero continuar com isso? por quê?”.
Tão importante quanto ajudar a administrar as situações de provocação que envolvem sofrimento é  compreender que os conflitos são parte preciosa do processo de desenvolvimento. Pensar e agir de forma diferente é natural e saudável. A diversidade de posturas,  aparências, crenças, opiniões e comportamentos é o que torna as relações interessantes,  desafiadoras e complementares. Assim, é preciso acreditar e defender um comportamento social, segundo o qual, fazer o outro sofrer não  pode, em hipótese nenhuma, ser fonte de prazer ou estratégia para aplacar o desconforto de uma auto-estima frágil e deformada.