sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Notícias do Movimento Espírita- Ismael Gobbo - Editora CEAC

1 – Há na atualidade grande quantidade de médiuns que recebem informações sobre a vida espiritual. São, não raro, surpreendentes e assustadoras. Como lidar com essa situação?
                        A Terra é morada da opinião. O mesmo ocorre com o mundo espiritual, nas esferas próximas à Terra. Espíritos falam da vida além-túmulo conforme sua visão, sua maneira de ser, suas fantasias.

2 –     Não têm todos os Espíritos acesso à realidade espiritual?
                        Em planos mais altos, no infinito, sim. Nas vizinhanças do planeta, os Espíritos guardam uma visão compatível com sua cultura e discernimento. Imaginemos uma pirâmide. Perto da base, há espaço para a diversidade. No topo atinge-se a unidade.

3 –     Isso explica por que vemos Espíritos que continuam ligados a movimentos religiosos e idéias que caracterizaram sua atividade, quando encarnados?
                        Exatamente. Sempre imaginamos que todos os Espíritos convertem-se automaticamente aos princípios espíritas, ao desencarnar. Não é o que vemos no processo mediúnico, com católicos que continuam católicos, evangélicos que continuam evangélicos, muçulmanos que continuam muçulmanos, vinculados às suas igrejas.

4 –     E quanto ao Espiritismo? Não confirmam, “in loco”, os desencarnados, princípios como a Reencarnação, a Lei de Causa e Efeito, a Mediunidade?
                        Depende de seu estágio de entendimento e dos condicionamentos a que se submeteram na Terra. Na Inglaterra, por exemplo, temos grupos que cultivam o intercâmbio com o Além e não aceitam a reencarnação, o mesmo acontecendo com os Espíritos que ali se manifestam.

5 –     É surpreendente!
                        Lembro a história hindu sobre cegos seis cegos examinando um elefante. Cada qual teve uma ideia segundo  a parte apalpada. O que tocou na tromba imaginou ser uma serpente; o que tocou nas orelhas concebeu imensas ventarolas;  o que tocou no corpo pensou numa montanha a se mover…  Cada Espírito vê a dimensão espiritual conforme seu “tato”, quando não tenha evolução suficiente, olhos de ver, como diria Jesus, para encarar a realidade.

6 –     O médium podem exercer influência nesse processo?
                        Sem dúvida. Se, por exemplo, o médium não aceita a reencarnação, um Espírito que queira explicar como se processa o retorno à carne terá grande dificuldade, esbarrando nas suas concepções. Esse problema só seria resolvido com um médium psicografo mecânico, Neste tipo de mediunidade a interferência do médium é praticamente nula.

7 –     E quanto à possibilidade de mistificação? Pode um médium fazer “revelações” a partir de um Espírito mistificador?
                        Acontece com frequência. Por isso o Espírito Erasto, um dos mentores da Codificação Espírita, adverte, em O Livro dos Médiuns, que é preferível negar dez verdades a aceitar uma só mentira. Há, ainda, algo mais grave: o próprio médium mistificar para adquirir notoriedade com “revelações.”

8 –     Considerando os “cegos a descrever o elefante”, como podemos apreciar a informações que chegam da espiritualidade, buscando separar a realidade da fantasia?
                        Em princípio, cotejando-as com a Codificação. Não obstante o caráter progressista da Doutrina, desdobramentos não podem colidir com elementares princípios doutrinários. Paralelamente, observando a universalidade dos ensinos, como propõe o próprio Codificador. Se vários mentores espirituais, manifestando-se por intermédio de médiuns respeitáveis, que não têm contato entre si, informam que há muitas cidades no plano espiritual, tipo Nosso Lar, é bem provável que estejam reportando-se a uma realidade.
Atendendo a esse mesmo princípio, informações solitárias sobre a vida espiritual pedem prudência em sua apreciação e aceitação.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

FORA PRECONCEITO!

Preconceito é mesmo uma coisa danada de destrutiva. Estou comentando o assunto porque volta e meia nós nos deparamos com situações que até podem nos soar como verdades inquestionáveis, e mesmo não preconceituosas, então lá está a idéia preconcebida e negativa sobre um assunto, que até nos parece NATURAL e acabamos por não questionar nossa maneira de agir e pensar.
Hoje fui fazer um exame médico, e enquanto não chegava a minha vez, fiquei observando uma conversa entre um casal, e foi mais ou menos assim:
- Olha o jornal, eu te falei que o assunto será só esse por um bom tempo. - Comentou o senhor apontado a manchete do jornal, o assunto: os desabamentos de morros no estado do Rio de Janeiro.
- É eu sei, aquilo lá não tem jeito mesmo, nem o exércíto deu jeito. - Completou a senhora.
- O exercíto não deu jeito, mas Deus dá. Aquilo é terra do diabo, será como Sodoma e Gomorra, só assim, matando aquele povo sem Deus, é que haverá solução. E olhem que aqui escrevi diabo com d minusculo, porque soou para mim com letra maiuscula.
E além do mais, eu não acredito nem mesmo na existência do diabo, eu acredito na criação divina, e estar lá na retaguarda moral de nossa origem é apenas resultado doloroso da maneira em que enxergamos nossas dificuldades, portanto temporário.
Meu Deus! Quem me conhece, pode imaginar o tamanho do balde de água que precisei segurar na boca, para não complicar mais ainda essa vida.
As vezes fico aqui imaginando as consequências de tantos pensamentos desencontrados e tantas idéias atrapalhadas que acabamos por alimentar em nossas mentes.
Afinal de contas, o que Deus tem com isso?
Ele nos deu um planeta saudável para morarmos e nos dotou do princípio inteligente, para o desenvolvermos e fazer escolhas melhores. Ainda estamos em treinamento, e um dos mais salutares exercícios é despertar nossa compaixão por aqueles que sofrem, e não julgar se merecem ou não essa piedade fraternal.
Olhar a desgraça acontecida e simplesmente imaginar que "foi bem feito"para aquele que a sofre, é estar aquém de nossa origem divina.
Já está mais do que na hora de acordarmos para entender a necessidade de modificar nossa relação com a própria vida, sair da mesmice hipócrita e triste, baseada em uma pseudo-bondade, que estamos muito longe de possuir e, lutar, mas lutar mesmo, contra a nossa ignorância moral.
A crítica positiva vem acompanhada de soluções, ou pelo menos de boas idéias para auxiliar na transformação de nosso mundo, e estou falando de nosso mundo interior, o que nos facultará a boa mensagem para um mundo novo.
Além de procurarmos em nossos armários, muitas vezes, abarrotados de coisas que não nos serve para nada, além de ocupar espaço, alimentando nossa vaidade de proprietários, vamos também desencraquelar nossos corações empedernidos de conceitos pré fabricados pela nossa descrença pessoal em nós mesmos, exercitando assim o que Nosso Amado Mestre JESUS (com letra maiuscula) nos aconselhou amavelmete:

AMAR A DEUS SOBRE TODAS COISAS E AO SEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO.