quarta-feira, 11 de maio de 2011

ÊTA, CONFUSÃO! EDUCAÇÃO E INSTRUÇÃO?



"É pela educação, mais do que pela instrução, que se transformará a humanidade" (Allan Kardec)

         Observando este fantástico e caótico mundão de Deus, chego a algumas conclusões relativas a minha própria vivencia. Conclusões estas baseadas em minha capacidade de entender e enxergar o que acontece a minha volta e dentro de mim.
         Percebo uma ansiedade muito grande na maioria das pessoas, através de críticas ferrenhas ao comportamento alheio, e me pergunto de onde virá tamanha insensatez de nossa parte em relação ao todo?
         Aprendemos com a Doutrina dos Espíritos que cada um de nós se manifesta de acordo com a sua capacidade de entendimento, e que o processo evolutivo é a única fatalidade nesse universo de aprendizado individual, que acabará se manifestando no todo, ou seja, na grande massa planetária.
         Seguindo esse raciocínio concluo, somando a admirável lei de causa e efeito, que a responsabilidade de cada uma das partes que compõe a qualidade da humanidade, será e é a causa do estado atual moral, que tanto criticamos.
         Através da história da humanidade observamos filósofos e missionários do bem nos alertarem sobre a realidade da herança que passamos de nós para nós mesmos, e o que temos feito com essa informação, além de olhar ao nosso redor e procurar culpados pelo nosso doloroso caminhar?
         Jesus passou por aqui há 2000 anos, aproximados, nos trazendo exemplos de uma era de amor e perdão, o seu Evangelho é o que necessitamos para direcionar a mente nesse processo de crescimento moral, nos falou, amorosamente, sobre amar o nosso próximo como a nós mesmos, e ainda nem conseguimos vislumbrar a nossa própria origem divina, as causas seriam nosso orgulho, nossa vaidade, nossa teimosia ou mesmo o medo de saber de nossa responsabilidade pela dor que criticamos?
         Expurgar dores nos é necessário, como instrumento de auto-defesa, mas no desequilíbrio acabamos por perder a racionalidade, ainda tão frágil nesse processo de reeducação, nos é necessário, e urgente, entender as causas das dores, assim num processo de educação consciente erradicaremos os desvarios de um espírito em cataléptico estado de ignorância. Os escândalos ainda são necessários, mas a reparação sempre o foi e sempre será a sua conseqüência direta, estarmos por aqui, vivendo em um mundo mental de transição, já é merecimento ou oportunidade?
         Observar, entender, criticar é necessário, mas também precisamos descobrir a capacidade de reflexionar sobre soluções viáveis e lúcidas, quando descobrimos falhas de comportamento individual ou de massa, senão estaremos apenas verbalizando sem ação.
         Sigamos o conselho sábio de Allan Kardec: "É pela educação, mais do que pela instrução, que se transformará a humanidade", senão corremos o risco de sermos apenas depositórios inoperantes de informações, sem função, lembrando que educação é o conhecimento aplicado em nossas vidas, dia a dia.
         Que Deus nos abençoe nesse caminhar constante e produtivo, em benefício de nós mesmos. Questionar o porque das coisas nos é fundamental, mas observar a si mesmo com sinceridade, é exercer o “Orai e Vigiai”.

Eliane Macarini (elianemacarini@yahoo.com.br)

domingo, 8 de maio de 2011

AINDA POR AQUI!

Fiquei um tempo sem postar nesse blog, desde o dia 16 de abril, quando escrevi sobre meu amado amigo Junior.
Depois desse dia, abria, olhava, ensaiava e nada parecia suficientemente bom ou coerente para deixar aqui, registrado.
Confesso que passei por dias dificeis, dias em que precisei organizar pensamentos e sentimentos, pois eles estavam em estado caótico.
A passagem do Junior deixou-me a mente repleta de questionamentos e indagações, e não raras vezes, precisei posicionar-me para não permitir que esse estado d'alma tomasse rumos que não seriam saudáveis.
Mas... após vinte e dois dias, estou mais coerente, e acabei por dar nome aos meus sentimentos: saudade, angústia, injúria, revolta, incompreensão e mais ainda medo. Isso mesmo medo, medo da morte, pois as nossas relações ainda tem um aspecto material bastante intenso, de posse mesmo; e a partida de alguém que amamos ainda é relacionada à perda.
Perder é algo que nos incomoda e perder alguém que amamos é traumático, gera um vazio imenso no peito, e por mais que tentemos encontrar explicações ou razões, ainda é uma perda.
Descobri que apesar de ser espírita, estudiosa e apaixonada por essa doutrina de amor, que muito nos tem a ensinar, ainda trago em meu inconsciente o ranço de um passado que nos cobra afetos presentes, tocáveis e visiveis.
A descoberta disso, em um primeiro momento me entristeceu, pois trouxe consigo o questionamento pessoal sobre o que ando fazendo com o que venho aprendendo, e a crítica pessoal acaba por se tornar feroz e trazer um grande desconforto; mas... se aprendemos algo com a Doutrina dos Espíritos é, principalmente, analisar a nós mesmos e procurar respostas novas para questões antigas, e isso me levou a uma nova visão da situação que andava vivendo: os antigos vícios acabam por aflorar em determinadas circunstancias, e isso nos serve de instrumento a reeducar o nosso espírito eterno.
Então... pode não estar certo como deve ser, mas ainda, está certo como dá para ser.
Essa tristeza que sinto também é saudável e um dia ela vai diminuir diante de minha compreensão das Leis Naturais da Vida. Então estarei pronta para dizer: até logo, e não mais sentirei como dizendo: adeus.

 Um segundo vivido
em plenitude vale
mais que cem anos
aos tropeços.
(Joanna de Angelis)