terça-feira, 12 de maio de 2015

MEU JESUS

Cada um olha para o mestre com a sua capacidade de enxergar, uns ainda insistem na visão do Cristo Crucificado, outros  como aquele que pagou os pecados da humanidade, outros tantos sem emoção alguma, simplesmente, porque não acreditam que pelo nosso amado planeta Terra passou alguém como Ele, sem necessidades materiais e com uma capacidade de amar e perdoar que assustou aos que ainda estão presos na escuridão da própria mente.
Minha avó materna, Maria José de Andrade, mais conhecida como Dona Nenê, ou vovó Nenê, ria muito quando falava de Jesus, era um riso encantador, cristalino, de pura esperança e amor.
Ela falava que esse moço tão bonito, que irradia tanta luz para a humanidade, esteve por aqui para que nós, seus irmãos amados, soubéssemos o que Ele já havia aprendido, e que o levou a esse desprendimento amoroso.
Ela enfatizava que não havia crítica em sua conversa mansa e pacífica, mas gratidão a Deus por Ele permitir que estivesse por aqui ajudando-nos a entender o caminho da felicidade.
Afirmava, com mansa certeza, que Ele é um amigo fiel, daqueles que podemos confiar e contar os mais tristes e tenebrosos segredos que guardamos em nossos corações, e que podíamos sossegar porque Ele apenas nos acalentaria a dor e proporia uma nova caminhada.
Acredita, sem dúvida alguma, que Ele é muito alegre e feliz, inclusive que conseguia escutar a sua risada harmoniosa e carregada de luz. E que quando Ele abria os olhos, estes espelhavam o mais límpido lago de paz.
A minha imagem de Jesus é próxima dessa beleza que minha avó Nenê nos mostrava, o que me entristece é que mesmo acreditando, muitas vezes, não consigo mantê-la viva em meu coração, permitindo que a dor e a tristeza por determinados acontecimentos turvem essa maravilha, então parece até que escuto a voz doce e feliz dessa pequena grande senhora dizendo assim:
- É só mais um dia de aprendizado, levanta dessa tosca e triste madorna e vá buscar Jesus, Ele está doido para te dar um abraço.


Eliane Macarini

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