Cada um olha
para o mestre com a sua capacidade de enxergar, uns ainda insistem na visão do Cristo
Crucificado, outros como aquele que
pagou os pecados da humanidade, outros tantos sem emoção alguma, simplesmente,
porque não acreditam que pelo nosso amado planeta Terra passou alguém como Ele,
sem necessidades materiais e com uma capacidade de amar e perdoar que assustou
aos que ainda estão presos na escuridão da própria mente.
Minha avó
materna, Maria José de Andrade, mais conhecida como Dona Nenê, ou vovó Nenê,
ria muito quando falava de Jesus, era um riso encantador, cristalino, de pura
esperança e amor.
Ela falava que
esse moço tão bonito, que irradia tanta luz para a humanidade, esteve por aqui
para que nós, seus irmãos amados, soubéssemos o que Ele já havia aprendido, e
que o levou a esse desprendimento amoroso.
Ela enfatizava
que não havia crítica em sua conversa mansa e pacífica, mas gratidão a Deus por
Ele permitir que estivesse por aqui ajudando-nos a entender o caminho da
felicidade.
Afirmava, com
mansa certeza, que Ele é um amigo fiel, daqueles que podemos confiar e contar
os mais tristes e tenebrosos segredos que guardamos em nossos corações, e que podíamos
sossegar porque Ele apenas nos acalentaria a dor e proporia uma nova caminhada.
Acredita, sem
dúvida alguma, que Ele é muito alegre e feliz, inclusive que conseguia escutar
a sua risada harmoniosa e carregada de luz. E que quando Ele abria os olhos,
estes espelhavam o mais límpido lago de paz.
A minha imagem
de Jesus é próxima dessa beleza que minha avó Nenê nos mostrava, o que me
entristece é que mesmo acreditando, muitas vezes, não consigo mantê-la viva em
meu coração, permitindo que a dor e a tristeza por determinados acontecimentos
turvem essa maravilha, então parece até que escuto a voz doce e feliz dessa
pequena grande senhora dizendo assim:
- É só mais um
dia de aprendizado, levanta dessa tosca e triste madorna e vá buscar Jesus, Ele
está doido para te dar um abraço.
Eliane Macarini
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