sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

EU E A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS

Tenho a pretensão de me dizer 'espírita', mas também sei que isso possui algumas implicações bastante sérias, que inclui aprender teoricamente, através de estudos, os conceitos doutrinários; que vale salientar, que possui tres aspectos importantes: o filosófico, o científico e o religioso, que no meu entender, este último, aborda a moralização do Espírito; mas, também, implica na prática, o esforço pessoal de exercer e direcionar esse aprendizado para o dia a dia.
Durante esses anos que venho experienciando como espírita, cheguei a uma conclusão importante para mim, para meu entendimento da própria vida, que é sobre a responsabilidade individual e intransferível de tudo que escolho para vivenciar. No início dessa descoberta tudo me parecia muito confuso, afinal estou cercada por pessoas que acabam por interferir em algumas escolhas que faço, vivo em sociedade de diversos tipos (família, escola, trabalho, amigos, etc.) que também acabam por definir determinados acontecimentos que influenciam em minha maneira de enxergar os caminhos que devo percorrer.
Então ficava a dúvida real e latente em minha vida:
Como conciliar tudo isso?
Como transformar o meu entendimento a ponto de saber conduzir de maneira eficiente o aprendizado feito?
Qual a base sólida para essa transformação pessoal?
Acabei com O Livro dos Espíritos nas mãos, reflexionando sobre a Questão 919, que transcrevo abaixo:
Qual o meio mais eficaz para nos melhorarmos nesta vida e resistirmos às solicitações do mal?
R: Um sábio da antiguidade vos disse: Conhece-te a ti mesmo.

Conhecer a mim mesma, um exercício danado de dificil, pois pressupõe que eu tenha humildade de reconhecer, principalmente, minhas próprias limitações, meus sentimentos menos nobres, a minha incapacidade de perdoar às ofensas recebidas e também as que proferi.
Ufa! Já estou cansada!
Mas... já sei que preciso aprender e entender que o que eu aprendo, deve ser direcionado para que eu tenha mais lucidez nas escolhas que faço.
Mais lúcida, estarei mais livre, porque quando libertos de nosso orgulho, de nossa vaidade, conseguirmos perceber que cada um faz da maneira que entende a vida, os sentimentos, o mundo, etc.
Então, lembrei-me de pensamento do querido amigo Vinicius de trabalho, companheiro de psicografia, no livro Em Torno do Mestre, que escreveu quando ainda na matéria, vivenciando a encarnação como Pedro de Camargo:
"A melhor maneira de aprender a desculpar os erros alheios é reconhecer que também somos humanos, capazes de errar talvez ainda mais desastradamente que os outros.
A melhora de tudo para todos começa na melhora de cada um.
A missão do Espiritismo é educar para salvar... Educar: eis o rumo a seguir, o programa do momento."
Através desse bendito aprendizado descobri que mesmo nas escolhas mais infelizes, ainda estava fazendo o melhor que podia naquele momento, e somente a minha postura diante dessa descoberta é que. realmente, importava, pois eu podia refazer meu caminho.
Como nos alertou Emmanuel caridosamente: A reencarnação é quase o perdão de Deus às nossas ofensas.

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