segunda-feira, 8 de agosto de 2016

UNIVERSO CONJUGAL



Universo Conjugal
Há uns dias atrás assisti um documentário sobre o universo masculino, inegavelmente, após esse evento, ando observando a movimentação desse grupo sui generis a minha volta.
Algumas situações são bem fáceis e divertidas de classificar, por exemplo: o homem e o macho.
No dicionário fica bem clara a definição de macho, é um adjetivo, isto é dá qualidade ao objeto, ou seja, masculino, másculo, varonil; na linguagem popular define o individuo robusto, aquele de porte troncudo.
Como também define o animal do sexo masculino, neste ponto nos referimos aos bichos, mas dentro do conceito animal, também cabe a muitos da espécie bípede.
Outra definição interessante, também com referência a linguagem popular, seria o homem com qualidades viris, forte e, novamente, robusto. Essa referência é em relação à aparência física, nada que nos indique algo sobre a inteligência, assim como faz referência à necessidade de ser bom de cama, bom no sexo, ai lembro que os animais irracionais marcam território de posse. E pasmem também pode nomear molde de barro que se utiliza para fabricar peças ocas.
Quanto ao significado da palavra homem, esta já é classificada como substantivo, e tem a seguinte descrição: mamífero primata, bípede, sociável, se distingue de todos os outros animais pela faculdade da linguagem verbal e pelo desenvolvimento intelectual, passível de ser educado e desenvolver a ética e a moral.
No sentido coloquial também pode ser entendido como marido, companheiro sentimental de uma relação estável e respeitosa, um amante.
Somando essas definições ao documentário comentado no início, veio à minha mente algumas figuras características.
A mulher pensante, aquela que tem opinião própria, que se faz respeitar, e que define determinados padrões de convivência baseada no respeito mútuo não pode ser companheira de um macho; porque o macho tem ideias fixas, ele não aceita opinião e está longe de entender o sentido de partilhar as vivências dentro de uma relação.
Quando está dentro de seu grupo o macho exclui a fêmea e a humilha, achando que assim vai ser respeitado; mas, nos atuais dias, esse estereótipo, opinião preconcebida e comum que se impõe aos membros da coletividade e está em baixa, o mundo evolui e ele continua a arrastar correntes.
Geralmente o macho tem muitos amigos homens, porque não dá conta de conviver com mulheres, sem se achar no dever de “xavecá-las”, caso contrário pode ser excluído, expulso desse clube seleto. Inclusive quando se casa, não consegue ser fiel, qualquer situação diferente é motivo para dar uma escapulida. Então a mulher ideal para o macho é a submissa, aquela que tem medo até mesmo de dizer boa noite. Isso é triste!
Uma definição, no sentido coloquial, que me encantou: marido, companheiro sentimental que honra compromisso que assume ao formar a família, agindo com apreço, dignidade e respeito; entende o sentido de partilhar e dividir deveres e direitos. O homem também pode ser visto como o amante, que encanta com seu cavalheirismo, discrição e cuidados especiais.
A figura que me vem à mente quando penso no macho é daquele sujeito desprovido de semancol, que anda como uma tosca caricatura pela vida sem noção alguma de seu ridículo, e de repente mete as mãos nos meio das pernas e coça a região sem pudor ou educação respeitosa com aqueles que o rodeiam.
Ao contrário o homem é aquela figura encantadora, que pede licença, por favor, posso ajudar, etc. Ele não precisa estar vestido com maestria, pode estar de bermuda, camiseta e chinelo, mas ele é chique porque age com respeito, ele escuta as pessoas, ele defende sua família e não importa à opinião dos machos, afinal ele sabe o que é e não precisa provar isso a ninguém, apenas defende o que considera certo.
Porém os machos existem porque as amélias também ainda andam por aqui, então devemos nos livrar desse ranço preconceituoso e lutar por nossas personalidades latentes, fazer valer nossos direitos e deveres. O mundo está evoluindo e nosso passo precisa ficar ligeiro nessa movimentação surpreendente.
Seja qual for o relacionamento que desenvolvermos precisa ser baseado no respeito e no carinho, na cumplicidade de saber que seremos ouvidos e escutados, defendidos dentro dessa relação e admirados por nossos companheiros.
Nem sempre a macheza degradante é encontrada no papel do homem, também há relações inversas.
Vamos descobrir como é bom poder confiar no outro e perceber que nos unimos a alguém que nos valoriza e defende.
Estarmos, realmente, juntos, para o quer der e vier!
A confiança é a base da relação, de qualquer relação!

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